Foto: reprodução/ TV Cabo Branco Com a chegada da estação mais quente do ano, as pipas, pouco a pouco, invadem os céus da cidade, principalmente nas periferias, e acendem o sinal de alerta para um perigo iminente: o cerol.
De brincadeira de criança, o papagaio pode se transformar em armadilha e os ciclistas são as maiores vítimas da mistura formada por vidro moído e cola, cujo poder de corte é similar ao fio da navalha.
Na intenção de pôr fim aos acidentes, um projeto de lei está em tramitação na Câmara do Recife para proibir o cerol ou qualquer outro tipo de material cortante nas linhas das pipas.
De autoria do vereador Eduardo Chera (SDD), o documento seguiu para ser apreciado pelas Comissões de Legislação e Justiça, Finanças e Orçamento e Segurança Pública.
Segundo informações contidas no texto, caberá aos integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e dos guardas municipais fiscalizarem o uso dos produtos.
Na Paraíba, a Câmara dos Vereadores aprovou o projeto proibindo o material em outubro de 2013, quase dois meses após a morte de uma professora, vítima de uma pipa com cerol.
Prefeito sanciona lei que proíbe uso de cerol em João Pessoa O descumprimento da norma implicará multa ao infrator ou responsável legal, cujos valores podem variar de R$ 300 a R$ 2.500.
O valor da penalidade será acrescido de acordo com o grau de ameaça do uso do cerol.
De acordo com o autor da lei, vereador Eduardo Chera, não se pode ignorar o incalculável perigo que o uso do cerol em linhas de pipas, papagaios e similares traz à vida das pessoas. “Logo, o Poder Público tem o dever de atuar repressivamente nesta questão, a fim de manter a paz social”, afirmou o político.
O projeto deve ser votado na volta do recesso da Câmara dos Vereadores, a partir do dia 3 de fevereiro.