Foto: BlogImagem No discurso que concedeu na cerimônia de posse dos novos secretários estaduais, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (03), que a adesão do PSDB no último ano da sua gestão é um exemplo da “nova política”, termo utilizado por ele e pela ex-senadora Marina Silva para construir a candidatura do grupo à Presidência da República.
A declaração ocorreu no momento em que Campos afirmava que aprendeu com o avô, o ex-governador Miguel Arraes, a fazer alianças políticas. “Mas não alianças sendo feitas para interesse de políticos ou de partidos.
Sempre saber fazer aliança colocando os interesse do povo no centro do que está sendo feito em termo de aliança.
Essa é a distinção entre a velha política e a nova política”, disse.
Leia também: Eduardo Campos diz que novos secretários precisam ter foco no trabalho João Bosco diz que trabalho vai ajudar eleição de Eduardo para Presidência Isaltino Nascimento diz que gestão de Eduardo evidenciou a megalomania dos pernambucanos O PSDB anunciou a adesão à base aliada do governo pernambucano na segunda-feira (30).
Segundo o governador, a adesão da legenda, que possui a liderança da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), é resultado do modo respeitoso com o qual ele teria lidado com os opositores ao longo dos anos. “É essa coerência que nos permite, hoje, meu prezado companheiro e amigo Sérgio Guerra, receber de maneira formal na base de sustentação do nosso governo o Partido da Social Democracia Brasileira, que você preside no nosso Estado e já presidiu no Brasil”, afirmou, em referência ao deputado federal Sérgio Guerra.
Presidente do PSDB de Pernambuco, Guerra negociou diretamente com Campos a entrada do partido no Governo do Estado.
O anúncio da última segunda, porém, causou desconforto em alguns dos principais representantes de oposição na legenda porque a adesão foi anunciada antes mesmo de ser comunicada às lideranças da própria legenda.
As duas legendas devem organizar um palanque duplo no Estado para as candidaturas presidenciais do governador pernambucano e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB).
O partido herdou as vagas deixadas pelo PTB em outubro, quando a legenda deixou o Governo de Pernambuco para construir a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB).
O procurador Murilo Guerra, ex-superintendente do Sebrae-Pe, foi indicado pelos tucanos para a Secretária de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo.
Já Caio Mello, ex-secretário de Saúde de Camaragibe, irá comandar o Detran.
Leia também: Eduardo adianta nomes do novo secretariado estadual e contempla PSDB Campos diz que vai reduzir número de secretarias de Pernambuco Eduardo Campos recua e mantém Secretaria de Cultura “A nova política quer o debate, acredita nas ideias, quer somar os bons em torno, não dos interesses de quem vai ser isso ou aquilo, mas em torno dos interesses coletivos”, afirmou Campos, recusando a ideia de que a aliança tem objetivos eleitorais. “E é essa política que precisa ser resgatada no Brasil.
A política que coloca os interesses do Brasil e do povo acima dos interesses do universo medíocre da velha política.
A capacidade de construir entendimentos em torno de um projeto que melhore a vida da nossa população”, afirmou em seguida o presidenciável.
O governador, que vai deixar o governo estadual no dia 4 de abril para cumprir o prazo dado pela Justiça Eleitoral para se desincompatibilizar e disputar a Presidência da República, já atraiu para o governo o PMDB, do senador Jarbas Vasconcelos, em 2012, quando o partido apoiou a eleição do prefeito Geraldo Julio (PSB), no Recife.
Campos negou, porém, haver qualquer negociação para que outra tradicional legenda da oposição, o DEM, assuma algum cargo na gestão do Estado. “Não discutimos isso.
O DEM aqui nunca foi do nosso conjunto de forças”, declarou após ser questionado pela imprensa.
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PT e PTB devem fazer a oposição na Alepe PSDB vai assumir vagas do PTB no governo Eduardo PSDB não deve entrar no governo Geraldo Julio