Da Agência Estado Em um esforço para pautar o debate político das próximas eleições, organizações de classe prepararam agendas para apresentar aos candidatos à Presidência da República. É o caso da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que está elaborando 43 projetos aos presidenciáveis com o objetivo de aumentar a competitividade do País.

Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deve entregar uma radiografia completa do setor aos concorrentes ao Palácio do Planalto.

Em eleições presidenciais anteriores, a CNI apresentou uma proposta do setor industrial - a diferença é que, agora, será de forma mais minuciosa.

O objetivo é entregar as propostas aos candidatos logo após a formalização das candidaturas, em meados do ano.

Os projetos elaborados pela entidade dizem respeito a áreas consideradas pilares da competitividade: educação, ambiente macroeconômico, eficiência do Estado, segurança jurídica e burocracia, desenvolvimento de mercados, relações de trabalho, financiamento, infraestrutura, tributação e inovação e produtividade. “Tanto o setor privado quanto os governos nas diferentes esferas estão prontos para ter um diálogo mais sofisticado”, disse o diretor de políticas e estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.

A confederação pretende promover um debate com os presidenciáveis, repetindo o roteiro de eleições passadas.

Desburocratização tributária e o aumento da eficácia na execução de projetos são considerados, dentro do setor, alguns dos assuntos mais urgentes para entrar em pauta.

Demarcação Foco de tensão entre o governo e a bancada ruralista, a PEC 215 deverá ser uma das principais bandeiras levantadas pela CNA na próxima eleição, substituindo a discussão que se formou na campanha presidencial anterior, em 2010, em torno do Código Florestal.

O governo Dilma Rousseff é contra a aprovação da PEC, que dá ao Congresso a palavra final sobre a demarcação de terras.