Do Jornal do Commercio desta quinta-feira (2).
O governo do Estado inicia 2014 com metas ousadas de redução de pessoal.
A tesoura mira cargos comissionados e funções temporárias.
A Secretaria de Administração (SAD) estima, pelo menos, 3.900 funções fora dos quadros estaduais este ano.
O volume, entretanto, pode atingir 5.323.
Somente em 2013, houve corte de 1.810.
O objetivo é atingir um corte de R$ 194 milhões nas despesas com pessoal, que deverão alcançar R$ 8,2 bilhões nestes últimos 12 meses de gestão - somando a tesourada do anopassadocom a prevista para 2014.
O secretário Décio Padilha, calcula que, com isso, o peso dos comissionados na folha de pagamento cairá de 1,9%, em janeiro de 2007, para 0,9% no final deste ano.
Segundo ele, em 2013, essa proporção já havia atingido 1,1%.
A economia estimada para o dinheiro dos pernambucanos será de R$ 78 milhões anuais, issosomente para as reduções nos quadros de comissionados.
Padilha explicou que os cortes em comissionados e temporários se deve ao fim de vários programas públicos ao longo do último ano de gestão.
Entre áreas que mais encerrarão, o secretário lista Desenvolvimento Econômico, Educação e Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo. “Também se deve ao fato de nós buscarmos aperfeiçoar o serviço público, aumentar a produtividade e ter um maior planejamento”, defendeu.
O elevado número de contratos temporários no governo do Estado tem sido recorrentemente alvo de ressalvas nas análises do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) na gestão fiscal do Palácio do Campo das Princesas.
O último parecer, para as finanças de 2012, assinala “incremento no número de contratos temporários”, entre 2007 e 2012.
Em sua defesa, o governo já antecipava as ações de cortes nesses grupos. “O Estado está realizando ação visando à redução dos quadros temporários para os próximos exercícios, (…) para que se possa efetivar a realização de um maior volume de contratações de servidores efetivos”, esclareceu. “Estamos entre a parcela pequena dos Estados que estão equilibrados.
Estados ricos do Sul e Sudeste, que nunca apareciam nessa lista, começaram a aparecer.
Santa Catarina e Paraná, por exemplo, estão comprometendo, de toda a Receita Corrente Líquida (RCL), com pessoal, mais de 47%.
Já ultrapassaram 46,55% que é o alerta do alerta.
Para observar como o quadro macroeconômico está adverso das 27 unidades da Federação, incluindo Distrito Federal, 16 estão mal”, argumentou o secretário.
Pernambuco fechou 2012 na pior situação nesse parâmetro de comparação ao longo de toda a atual gestão, com o comprometimento de 45,1% da RCL com salários, gratificações, abonos e benefícios aos servidores de carreira e outros funcionários públicos.
Para 2013, ainda que o relatório fiscal oficial não tenha sido enviado à Secretaria do Tesouro Nacional, Padilha aponta que essa proporção caiu para 44,6%.
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