Foto: José Cruz/Agência Senado Mantida a reboque da eleição nacional por causa da candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República, a disputa no plano estadual segue indefinida.
Até o momento, o único nome colocado é o do senador Armando Monteiro Neto (PTB), que disputará o Governo do Estado.
O nome dele é tido como certo desde outubro, quando o PTB abriu mão dos cargos que possuía na gestão Eduardo.
Ao anunciar a adesão à gestão socialista, no início da semana, o PSDB anunciou que deve ficar com os espaços deixados pela legenda: a Secretária Estadual de Trabalho e Emprego e o Detran.
Leia também: Candidatura presidencial de Eduardo Campos deve marcar cenário político em Pernambuco PTB entrega os cargos a Eduardo Campos.
Armando Neto vai ao Palácio comunicar decisão.
Petistas também abandonam governo Armando deixou a órbita palaciana para construir a própria candidatura porque o PSB faz questão de apresentar um nome à sucessão do atual governador.
A avaliação na legenda é que a popularidade de Eduardo e a visibilidade de uma candidatura nacional devem favorecer a eleição de um nome do partido.
O cenário é tão atrativo que pelo menos sete nomes são cotados, nos bastidores, para a vaga de candidato da legenda.
A previsão é que o governador bata o martelo entre fevereiro e março, antes de deixar o cargo, no dia 4 de abril, para disputar a Presidência da República.
Leia também: Eduardo Campos deixará o Governo de Pernambuco no dia 4 de abril Os nomes citados são os do vice-governador João Lyra, que assume a partir de abril; o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, que tem percorrido o Estado; do ex-deputado federal Maurício Rands, que voltou a política após um ano afastado a pedido do governador; e dos secretários estaduais Tadeu Alencar, da Casa Civil; Danilo Cabral, de Cidades; Paulo Câmara, da Fazenda; e Antônio Figueira, da Saúde.
Há quem diga, porém, que o governador não pode escolher um nome pouco conhecido, porque não terá tempo de se dedicar tanto a candidatura do aliado como fez com Geraldo Julio, no Recife, em 2012.
Seja quem for o escolhido pela legenda, deve contar com o apoio de grupos que se colocavam na oposição do governo Eduardo, como o PSDB e o PPS.
As articulações desses partidos em Pernambuco acontecem em função da formação de palanques estaduais para as candidaturas nacionais.
Leia também: PSDB vai assumir vagas do PTB no governo Eduardo Em São Paulo, PPS decide apoiar Eduardo Campos Pelo mesmo motivo, o PT, tradicional aliado socialista no Estado, migrará para a oposição ao PSB porque trabalhará pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), com quem o atual governador irá rivalizar.
A incógnita na legenda é se os petistas fortalecerão a coligação de Armando Monteiro, como pressiona a Direção Nacional da legenda, ou se terão candidatura própria para tentar forçar um segundo turno.
Uma comissão interna começará a analisar a situação a partir do dia 18 deste mês.