Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem O advogado Fábio Corrêa, filho do ex-deputado Pedro Corrêa, revelou ao Blog de Jamildo que a família já recebeu várias propostas de emprego para o pai, que está detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, desde essa sexta-feira (27).
A família prefere não adiantar quais foram as propostas recebidas para não expor ninguém, mas admite que está estudando as propostas e deve apresentar uma delas à Justiça.
O ex-deputado é formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é especialista em Radiologia.
No momento, a família teme pela segurança de Corrêa após a entrada no sistema prisional do Estado. “A gente fica meio receoso que aconteça alguma coisa”, explica Fábio.
A menos que haja algum fato excepcional, a transferência do ex-deputado só deve ocorrer após o recesso do Poder Judiciário, por se tratar de uma medida administrativa.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) retoma as atividades na próxima quinta-fiera, 2 de janeiro.
Até lá, o juiz Luiz Rocha, titular da 1ª Vara de Execução Penal, deve acompanhar a situação do preso.
Corrêa, que está em regime semi-aberto, pode obter autorização judicial para trabalhar durante o dia e retornar à unidade prisional durante a noite.
Além disso, o ex-deputado tem direito a 35 dias em liberdade ao longo do ano.
Em Pernambuco, o calendário de saídas de 2014 ainda não foi preparado pela Secretaria de Defesa Social, mas as liberações costumam ocorrer por cinco vezes anuais, e os presos ficam em liberdade durante sete dias.
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Ex-deputado segue para Penitenciária de Itamaracá nesta sexta Pedro Corrêa chega ao Recife na tarde desta sexta-feira Segundo Fábio Corrêa, que visitou o pai na manhã deste sábado, o ex-deputado amanheceu bem em seu primeiro dia no Cotel.
Pedro Corrêa foi transferido da Penitenciária da Papuda, em Brasília, para Pernambuco nessa sexta.
A expectativa era que o ex-deputado fosse encaminhado para a Penitenciária Agro-industrial São João (PAISJ), em Itamaracá; o que não ocorreu.
De acordo com a Secretaria-executiva de Ressocialização (Seres), a documentação enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ordenando a transferência de Corrêa para o Estado não especificava em que unidade prisional ele deveria ser detido.
Por causa disso, o ex-deputado foi encaminhado para o Cotel, que serve de entrada para o sistema prisional pernambucano, até que a 1ª Vara de Execução Penal da Justiça Estadual decida qual será o destino.
Enquanto não há uma definição judicial sobre o local onde Corrêa deve cumprir a pena, a família do ex-deputado teme pela integridade física e psicológica do preso.
Segundo explicou Fábio ao Blog, o fato de o pai ser uma figura pública pode fazer com que ele seja visado dentro da penitenciária.
Os familiares temem ainda pela diminuição do efetivo das unidades prisionais na época de final de ano.
Pedro Corrêa chegou a pedir para ser transferido para a Cadeia Pública de Jataúba, no Agreste do Estado, que fica próxima a uma propriedade rural da família.
Como o pedido foi negado pela Justiça, o ex-deputado perdeu um convite para atuar na rede pública de saúde de Santa Cruz do Capibaribe, localizada a dez quilômetros de Jataúba.
De acordo com Fábio, a demanda pelo trabalho de Corrêa é resultado de um problema crônico de falta de médicos no País. “É um problema nacional.
Tanto que estão precisando importar médicos de Cuba”, diz.
Ele lembra que o emprego fora do presídio é um direito do pai.
Pedro Corrêa foi condenado por corrupção passiva e por lavagem de dinheiro pelo STF durante o julgamento do esquema do Mensalão.
O pernambucano foi condenado a sete anos e dois meses de prisão.