O novo desenho do projeto imobiliário Novo Recife, aprovado hoje pela Prefeitura da Cidade do Recife, traz novidades em relação àqueles toneis de melaço no Cais de Santa Rita.

No projeto anterior, pelo menos uma bolota iria ficar plantada no meio da via.

Iria.

O prefeito Geraldo Júlio assumiu a responsabilidade de articular com a Fundarpe o recuo, diante do despropósito da coisa.

O novo projeto também determina que não permanecerá aquele muro, apresentado como uma forma de manter um resquício dos armazéns.

Agora não tem muro algum, o que fez sentido porque, se a área não é histórica, não tem o que preservar.

Se até o muro de Berlin caiu…

Também serão derrubados or armazéns e bola pra frente.

Veja abaixo o que o blog escreveu a respeito em fevereiro de 2003.

Os grifos são de hoje, quentinhos O consórcio Novo Recife, que desenvolve um projeto imobiliário para recuperação do bairro de São José, revelou, nesta quinta-feira, em Boa Viagem, que aceitou sugestão da Fundarpe e vai preservar um tonel de melaço no meio do Cais José Estelita.

O equipamento não tem valor histórico algum, mas pode virar algo útil no futuro.

Uma das idéias é fazer uma sala de cinema, por exemplo, mas parece algo absurdo sem área para banheiros, por exemplo.

O grupo de construtoras revelou ainda que vai manter parte das estruturas dos armazéns, como vestígios das construções.

As três casinhas remanescentes, na borda da avenida, também serão preservadas, mas tranformadas em pequenos negócios, como revistarias ou lanchonetes.

A manutenção do tonel só pode ser uma homenagem concreta, mesmo que tardia, ao parque Dona Lindu.

Muitos podem não gostar, preferindo favelas na paisagem urbana do Recife, mas é um fato inquestionável que a construção do Novo Recife vai possibilitar a reurbanização de uma área que hoje se encontra totalmente degradada e abandonada, com a implantação de áreas verdes, ciclovia e um espaço cultural, com a reutilização dos armazéns próximo ao Forte das Cinco Pontas.

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Geraldo Julio vai recuar?

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