O governador Eduardo Campos, quando trata do assunto mobilidade urbana, aproveita a situação para lembrar o começo do governo. “Quando a gente assumiu, o assunto era violência, era telhado de escola caindo.

Nós trabalhamos esse olhar estratégico, não havia nada pronto”, frisa. “O planejamento que nós fizemos vem desde 2006, não se sabia nem que o Recife iria ser sede da Copa ”, pontua, como que fazendo uma comparação com os investimentos federais, acelerados a partir da confirmação do evento esportivo. “Colocamos o tema da integração entre os modais e lamentamos que só agora isto se destrave.

Em três décadas, as cidades dobraram e jogaram o dobro de carros por cima.

Sem planejamento estratégico sem discussão pública.

Vamos legar outra situação”, observa, em uma cobrança de reconhecimento implícita. “A idéia é ganhar uma fração destas pessoas que foram para os carros.

Por isto, buscamos integrar metrô e ônibus, ônibus e trem e ônibus e barco.

Em Cutiriba, eles levaram 15 anos.

Aqui, vamos fazer em nove anos 100 quilômetros de corredores.

E isto tudo sem tocar na tarifa. quando a gente assumiu, era a terceira tarifa mais cara do Brasil.

Hoje, é a terceira mais barata.

Só por 15 centavos não é a segunda mais barata”, compara Eduardo Campos. “Teremos grandes entregas de mobilidade em 2014”, diz. “Dar a uma pessoa meia hora ou 40 minutos no trânsito não é pouca coisa”, diz, referindo-se às obras na Caxangá. “Na Imbiribeira, com a integração do ônibus com o Metrô, tiramos mais de 500 ônibus de circulação”, compara.

O governador Eduardo Campos também elogia o prefeito Geraldo Julio ao falar de mobilidade.

Ele frisa que, em 11 meses, o socialista já apresentou projeto para melhorar o trânsito na Avenida Norte. “A última intervenção ocorreu em 1959, no governo Miguel Arraes, projetada para ter uma solução por meio de ônibus.

Depois, ao longo dos anos, jogaram os carros”, observou.

Eduardo Campos diz que a solução somente saiu porque Geraldo Julio apresentou uma solução técnica (o VLT).

O governo do Estado teria ajudado.

Eduardo Campos revela que a navegabilidade será 100% de Pernambuco, de modo a abrir espaço fiscal para a Avenida Norte no Pac. “Só agora sai a solução porque Geraldo conhecia.

Ele pesquisou, viu que não era por ali e propôs o VLT.

Não havia uma solução técnica”, compara.

Na visita que fez a Suape, anunciando investimentos, Dilma não fez referência ao gestor municipal neste sentido, apenas dando ênfase no financiamento do projeto de VLT.

O governador também conta os bastidores do projeto do Arco Metropolitano e as negociações com o governo Federal. “A gente não queria fazer PPP de todo jeito.

Tem reunião e ata disto”, diz. “Eu tive uma conversa com Dilma no começo do ano…

Ela disse que a gente já estava botando dinheiro do Estado na BR 101 e era uma obra federal.

Ela tomou a iniciativa, disse que não era justo e iria dar um jeito.

Perguntou se a gente tinha um projeto.

Assim, vai rodar (ficar pronto) em três anos”, informou.