Da Agência Estado A Câmara dos Deputados excluiu cinco prédios inteiros de seu planejamento de reformas de imóveis funcionais para economizar cerca de R$ 80 milhões nos próximos anos.

Apesar da economia, a Casa vai gastar R$ 198 milhões com as mudanças.

Nesta segunda-feira (23) a Casa oficializou no Diário Oficial da União um contrato de R$ 41 milhões para fazer a reforma de três prédios.

Ao mesmo tempo, recebeu a autorização do governo do Distrito Federal para realizar, em quatro blocos, a divisão de cada apartamento em dois, ao custo estimado em R$ 80 milhões.

O edital de licitação deve sair no primeiro semestre de 2014.

Desde 2007, a Casa já gastou R$ 76,9 milhões em reformas.

Algumas obras arrastam-se há seis anos devido à falência das empreiteiras contratadas.

Com o contrato publicado nesta segunda e mais a reforma de divisão dos imóveis, a Casa totalizará despesas de R$ 198,6 milhões.

O gasto será de quase R$ 500 mil por apartamento reformado.

A nova versão do plano de reformas tem orçamento inferior aos R$ 280 milhões previstos no início do ano porque houve a exclusão de cinco blocos do planejamento, além de alteração no projeto dos apartamentos que serão divididos.

O objetivo das obras é acabar com o auxílio moradia pago atualmente a 197 deputados devido à falta de imóveis para todos.

Cada um recebe R$ 3,8 mil mensais.

Como o gasto com a manutenção dos apartamentos é, em média, de R$ 2,2 mil por mês, a Casa conseguiria fazer uma economia anual de R$ 3,8 milhões ao final do processo.

Ao todo, a Câmara administra 18 prédios de imóveis funcionais na capital federal, que são de propriedade da União.

A reforma de três dos prédios deve ser retomada em janeiro após a empresa que tocava a obra ter quebrado tendo feito menos de 20% da obra.

Ela prevê uma reforma completa na fachada e no interior dos apartamentos, inclusão de sistema de gás encanado e de aquecimento de água por sistema de captação de energia solar e até banheira de hidromassagem, ao custo unitário estimado em R$ 4 mil.