Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Na entrevista que deu ao sistema JC, na semana passada, o governador Eduardo Campos, ao falar de geração de empregos, disse que não era séria a discussão que cobrava um número mais elevado de trabalhadores pernambucanos nas obras extruturadoas do Estado.

Ele afirmou que, em um sistema capitalista, não se pode obrigar um empresário a demitir na Bahia e contratar em Pernambuco, além de comparar que em vários outros projetos ocorre o mesmo, até em Belo Monte, no Pará, ou Porto do Açú. “O importante é que em todos eles houve um grande aproveitamento de pessoas locais”, declarou.

Inserção dos trabalhadores pernambucanos “Na verdade, as estatísticas tem sido engordadas, a menos que você não esteja consultando as estatísticas.

As que eu consulto, como o desemprego do IBGE… quem mede desemprego? sou eu?” “O perfil dos escolas técnicas são discutidos dentro de um olhar de planejamento da matriz econômica que se forma no Estado.

Você não vai formar uma pessoa para fazer uma obra só.

Vai formar para que ela siga se formando em um tempo em que formação continuada será uma exigência para qualquer trabalhador.

Não podemos achar que estaremos preparados para sempre.

Ou seja, a nossa visão foi exatamente de uma realidade em que a gente teve que enfrentar o maior desemprego. “Recife foi campeã de desemprego sempre nas estatísticas do IBGE.

Então, a redução do desemprego, que foi expressa em Pernambuco nunca houve.

Tivemos 576 mil empregos de carteira assinada.

Ou seja, este conjunto tem exatamente uma nova matriz.

Qual a escola: formar para o que vai ficar a matriz ou formar para o que vai ter no eventual?

Se você for examinar todos os sítios onde ocorreram obras e envolveram montagem de equipamentos, não vai ter nada diferente aqui na China, na Europa, nos Estados Unidos… em todos eles houve aproveitamento de mão de obra local e outros não houve nada.

Você não pode impedir que um empresário que tem um mestre de obra há 20 anos, que tem um cara da Bahia fazendo um reparo, que ele demita 22 operários que trabalham com ele e contratem 22 em Pernambuco.

Eu gostaria que 100% dos trabalhadores fossem pernambucanos, mas entre gostar e poder tem esta engrenagem, não dá”.

Inchaço em Suape “A primeira constatação é um reconhecimento que eu acho que deve ser feito e uma decisão que não foi anunciada por nenhum estudioso, que foi a decisão correta de fazer a inversão da fábrica da Fiat para o litoral norte.

Que veio de estudos que nós já vínhamos encomendado… não nos foi sugerido". “Eu nunca vi um artigo publicado sugerindo que a gente pudesse fazer a inversão.

Esta foi uma decisão que eu tomei, com base em estudos que nosso governo fez para o território de Suape.

E uma série de questões que envolvem o poder público municipal: ordenamento urbano, uma série de questões que já eram muito ruins antes de Suape ter esta situação.

Já eram péssimas porque o padrão de desenvolvimento da Mata Sul pernambucana nunca foi sustentável, correto, humanamente perfeito.

Tem a marca da escravidão, a marca da maior mortalidade infantil, da pior habitabilidade da região.

Esta era a situação real.

Estamos vivendo uma transição de uma economia do século XIX em alguns lugares, início do século XX para poder botar no XXI.

Fomos buscar no BNDES, que foi buscar nos grandes territórios de desenvolvimento, e propiciamos este desenvolvimento dos estudos aos municípios.

Para cuidar de cada um dos setores”. “Não foi um negócio sem pensamento, não.

Tem estratégia, tem ciência, gente capaz de fora que nos ajudaram a pensar em alternativas.

Agora, a gente precisa com certeza de uma caminhada que estruture aquela área.

Eles nunca foram estruturados e precisam ser mais e mais para que as marcas sejam diminuídas e você possa imprimir uma marca de cidadania”.