Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Sibilino, o governador Eduardo Campos, na entrevista ao sistema JC, evitou responder diretamente como avalia o governo Dilma neste ano, embora tenha passado o ano dizendo que a presidente Dilma deveria ganhar 2013. - O PSB alertou este ano para a necessidade de a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhar 2013.

O senhor acha que ela ganhou?, questionou o JC. “Vamos ver em 2014”, respondeu, de forma econômica.

Apesar de se recusar a fazer um juízo de valor, ao longo da entrevista, o governador Eduardo Campos faz críticas veladas a Dilma em mais de uma oportunidade. “O Brasil precisa voltar a crescer.

Porque, se a gente tiver, como tivemos, três anos - 2011, 2012 e 2013 - em que o Brasil começou a crescer a metade do que vem crescendo tem um problema no País, porque não vai ter resolvido no Cabo, em Ipojuca ou em Goiana.

Tem que ser resolvido no Brasil.

O Brasil precisa reencontrar o seu crescimento econômico num outro ritmo. este é um dever de casa fundamental que Brasil terá de fazer para que a gente possa, com a ajuda dos Estados que estão investindo, e aí está a prova de que o governo do Estado tem ajudado o Brasil - porque, se a 10ª economia termina o ano mais duro para os estados investindo o que estamos investindo… procure ver nos números que estão nos balanços quanto a Bahia investiu este ano - um estado que tinha um PIB que era o dobro do nosso, que tem as circunstâncias políticas que se assemelham às nossas na relação com o governo federal - você pega um balanço de janeiro a agosto e a Bahia tem R$ 700 milhões e Pernambuco com R$ 2,1 bilhões, três vezes mais. estamos procurando gerar estes ligamentos (de empregos). nossa parte estamos procurando fazer o que precisa melhorar é o ambiente econômico. É importante que todos façam sua parte”.

Quando falou sobre a concessão de incentivos fiscais, o governador também aproveitou para criticar o atual governo Federal. “O que se fez foi basicamente olhando a inflação.

Foram dados R$ 175 bilhões em desonerações.

Sem estudo prévio, ver se poderia gastar de outra forma, apenas no repique de crises internacionais, usando as velhas fórmulas por todos os governos.

Em outros momentos, deram certo.

Agora, nem baixou a febre nem curou.

Antes, a economia crescia e desta vez não repôs”, frisou. - O senhor ganhou 2013?, foi a pergunta imediata e seguinte. “Você tem dúvida?

O único brasileiro que tem dúvida é vossa excelência, porque, se você olhar os analistas do Brasil.

Todos os analistas políticos do Brasil não podiam imaginar em 2012 que a gente ia chegar em dezembro de 2013 desta forma aqui.

Hoje, tem três conjuntos políticos discutindo o futuro do Brasil.

O meu partido, que nunca esteve neste posicionamento, contrariando a expectativa de muitas pessoas que escreveram muitas coisas prevendo outros enredos e outros finais… o que acontece é que chegamos ao final de 2013 sendo o partido que cresceu neste processo.

Cresceu nossa unidade, cresceu o respeito da sociedade sobre nosso partido, crescemos porque recebemos companheiros como Marina Silva e tantos outros companheiros dentro do PSB, começamos a receber a chegada de outros partidos que também vem se somar a um debate programático, porque crescemos nos números mesmo sem ter conhecimento da sociedade brasileira e isso claro que faz com que a gente entre em 2014 muito animado com o que vai acontecer”. “Acho que vamos fazer um grande ano, vamos procurar contribuir respeitando a todos, a presidenta Dilma, os companheiros do PSDB, um debate sobre o Brasil, sobre o futuro.

Não é um debate para a eleição, para agredir ninguém.

Não dá para dizer que somos donos da verdade.

Vamos expressar o que estamos ouvindo.

Estamos ouvindo de trabalhadores, de estudante, de intelectuais, de empresários, de muita gente que é preciso, como o mundo tem feito, que o Brasil repense seu futuro, que país nós queremos ser, o que vamos fazer nesta janela demográfica dos 20 anos.

Vamos ficar discutindo coisa reduzidas ou vamos enxergar o longe, ver qual o tamanho do desafio que temos pela frente?

E acho que vamos dar nossa contribuição.

Vamos nos submeter democraticamente a opinião pública.

A população vai julgar”. - A gestão do senhor é reconhecida, mas qual autocrítica o senhor faria?

O que o senhor gostaria de ter feito, mas não fez? “Esta pergunta eu vou te responder no final do ano, porque tem muita coisa que ainda vai ficar pronta”, despistou.

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