Foto: reprodução Por Marcela Balbino, repórter do Blog Com capacidade para 18 presos, a cadeia pública de Jataúba, no Agreste pernambucano, distante 180 km do Recife, está atualmente com 12 detentos.

Três deles cumprem pena em regime semi-aberto.

O local foi o escolhido pelo ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), condenado no processo do mensalão, para cumprir a pena de sete anos por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O ex-parlamentar ficará em regime semi-aberto e deve trabalhar como médico em um Posto de Saúde da Família, no município de Santa Cruz do Capibaribe, cidade localizada a 10 km de Jataúba.

Segundo o comandante do 24º Batalhão da Polícia Militar, major Wellligton Alves Cruz, na última terça (17), ele recebeu um ofício da juíza de Santa Cruz do Capibaribe questionando a viabilidade de Pedro Corrêa cumprir a sentença na cadeia pública de Jataúba. “Não nos opomos contra o pedido, porque ele não é um preso que oferece perigo, então enviamos a resposta no dia seguinte.

Estamos à espera da decisão judicial”, explicou o major.

Mas ainda não há previsão do dia da transferência.

Sobre a prisão do político em uma cadeia pública ao invés de uma penitenciária de regime semi-aberto, o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Jurídicas (IBCJUS), Adeildo Nunes, explica que o juiz da cidade é quem define o local da prisão. “Se houve a autorização do juiz é porque a cadeia pública tem condição de receber [o preso]”.

O filho do ex-parlamentar, o advogado Fábio Corrêa, está em Brasília e desconversou sobre a transferência do pai para Pernambuco. “Há uma semana, o ex-deputado Romeu Queiroz, outro preso do mensalão, pediu transferência e ainda não conseguiu”, disse.

HISTÓRICO Pedro Corrêa dedicou 28 anos da vida à política, durante 22 exerceu o cargo de deputado federal.

Atualmente, ele está preso no Complexo Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Corrêa se entregou à Polícia Federal depois que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou o cumprimento da pena do mensaleiro.

Desde então, ele divide a cela com mais um detento.