Foto: Fábio Jardelino/NE10 O racha na aliança formada entre o PSB e o PT, a nível nacional, polarizou os debates e alavancou o nome do governador Eduardo Campos (PSB) como pré-candidato à vaga no Palácio do Planalto.

Os alertas para ‘ganhar 2013’ foram em vão e a disputa eleitoral não esperou 2014.

A duas semanas do fim do ano, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), em entrevista ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, nessa quarta-feira (11), apresentou o balanço anual de governo e fez críticas à gestão de Dilma Rousseff (PT).

Na opinião do socialista, ao invés do discurso ter girado em torno da sucessão presidencial, o campo da administração pública poderia ter ganho mais atenção do governo Federal. “Eu acho que, se tivesse feito isso, nós teríamos tido um ano melhor na economia.

Os municípios não estariam vivendo o que se viu quando os prefeitos invadiram o congresso nacional, uma quantidade imensa de servidores públicos País afora sem receber 13º salário.

Então, se tivéssemos mais administração e menos eleição na pauta de 2013, a gente tinha tido um ano melhor”, pontuou Geraldo Julio, em referência à reformulação do pacto federativo, que diminuiu o repasse de recursos para os municípios.

Ao ser questionado sobre os caminhos trilhados por Eduardo Campos rumo à presidência ao longo de todo este ano, Geraldo rebateu e afirmou que quem iniciou o debate eleitoral foi o ex-presidente Lula, quando lançou o nome de Dilma à reeleição. “Eu acho que este debate foi inaugurado quando, 20 meses antes da eleição, a presidente foi lançada candidata à reeleição pelo ex-presidente Lula.

A partir daquele momento, se instalou no País o debate eleitoral”, afirmou, em tom de crítica.

Ao contrário de Dilma, o prefeito defendeu que Eduardo conseguiu ‘vencer’ 2013 e avaliou o ano como positivo para o PSB. “O governador teve um belo ano.

Foi o mais bem avaliado do País, teve a reeleição e uma boa aprovação na segunda gestão.

Depois de uma eleição que o PSB cresceu muito, ele fez nosso partido ganhar uma projeção nacional relevante.”