O procurador Geral do Estado, Thiago Norões, explicou ao Blog de Jamildo, ainda há pouco, as razões que levaram o governo do Estado a preferir realizar desapropriações nos engenhos da usina Cruangi a ter que pagar pela compra das terra, em negociações que envolviam a firma que está em recuperação judicial e os trabalhadores.
As desapropriações foram divulgadas nesta terça-feira (10), no Diário Oficial do Estado.
De acordo com a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape), a ação vai inviabilizar o pagamento da dívida de R$ 5 milhões da usina com os canavieiros, situação que estava sendo negociada, inclusive com o governo.
A posição dos fornecedores de cana era para o governo desapropriar uma área maior, pois daria para as usinas se capitalizarem, a fim de que elas pagassem os passivos com os agricultores e voltarem a moer.
Na próxima terça-feira (17), produtores de cana que se declaram revoltados com a decisão da negociação de cinco engenhos da usina Cruangi com o governo estadual, vão se reunir no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nazaré da Mata.
Os agricultores discutirão quais medidas vão tomar diante das desapropriações que os revoltaram.
Thiago Norões observou que a usina tem milhões de hectares de terras ainda e que está em vigor uma lei de recuperação fiscal que permite a compra dos engenhos com vantagens fiscais para o Estado. “Para a gente é mais interessante fazer a negociação compensando com créditos fiscais. É mais econômico para o Estado.
Não vamos gastar nada.
Vamos recuperar na verdade créditos de difícil recuperação”, disse.
O procurador Geral do Estado explicou que há interesse do Estado nas áreas para investimentos sociais e também para implantação de empreendimentos naquela área de Timbaúba, próximo ao novo pólo de desenvolvimento da Mata Norte.