A Via Mangue, principal intervenção de mobilidade para a Copa do Mundo no Recife, está com 63% de suas obras concluídas e poderá ficar para novembro de 2014, cinco meses depois do campeonato mundial de futebol.
O diagnóstico do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) foi apresentado há pouco na audiência pública “Via Mangue: entraves e soluções”, coordenada pela vereadora Priscila Krause (DEM).
O secretário de Infraestrutura do Recife, Nilton Mota, concordou que de fato há dificuldades para cumprir o prazo, mas que a Prefeitura garante que a inauguração ocorrerá em abril.
Ele explicou que há divergências metodológicas – e naturais - entre as avaliações da PCR e do TCE.
Segundo o relatório do Tribunal (dados coletados até 19 de novembro), dois trechos da obra estão muito atrasados: a via elevada (51%) e a ampliação da ponte Paulo Guerra (63%). “A gente ainda tem dificuldades para concluir que esse prazo (abril de 2014) poderá ser cumprido”, declarou o engenheiro do TCE, Fernando Artur.
Apesar de elogiar o novo ritmo da obra, inaugurado a partir de janeiro, com o início da nova administração, o engenheiro lembrou que esses dois trechos apresentam peculiaridades que dificultam sua execução.
Ele também registrou que das obras complementares (iluminação e asfaltamento, por exemplo) – mais rápidas – apenas 1% foi concluído, enquanto o cronograma previa o índice de 16% para este mesmo período.
A PCR confirmou que o trecho da Paulo Guerra é o que requer mais atenção. “Além dessas dúvidas sobre a possibilidade do cumprimento do prazo, é preciso que a Prefeitura apresente as soluções para os impasses decorrentes dos erros de planejamento, como a questão do túnel sob a Herculano Bandeira.
Também é importantíssimo que fique claro a data de inauguração das faixas exclusivas de ônibus na Domingos Ferreira, que de fato é o grande ganho que teremos com a Via”, afirmou Priscila.
De acordo com o secretário Nilton, a PCR finaliza até o dia 30 deste mês um plano provisório de ações que permitirão a funcionalidade da intervenção.
Mota, no entanto, não adiantou detalhes.
A audiência, a sexta promovida por Priscila sobre o assunto, também contou com a presença do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Fernando Jordão e de membros da Empresa de Urbanização do Recife (URB).