Governador recebe documentos que provam inocência de torturados.

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A Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Hélder Câmara apresenta ao governador Eduardo Campos, nesta terça-feira (10), os documentos de órgãos de segurança pública que provam a inocência do ex-deputado federal Ricardo Zarattini e do professor Edinaldo Miranda no atentado à bomba ocorrido no Aeroporto dos Guararapes em 25 de julho de 1966.

A explosão tinha o objetivo de matar o marechal Arthur da Costa e Silva, então candidato à Presidência da República, que vinha para Recife participar de um ato na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

No dia, o marechal teve que mudar o percurso e vir de carro de João Pessoa até a capital pernambucana, indo direto para a sede da Sudene.

O atentado matou duas pessoas e feriu outras 14.

Depois do atentado, Zarattini e Miranda foram apontados como culpados e chegaram a ser presos e torturados pelo Regime Militar.

O ex-deputado e a senhora Maria Lucila Bezerra (viúva de Edinaldo, morto em 1997) devem comparecer a solenidade que apresentará os documentos oficiais que comprovam a inocência de ambos.

A cerimônia acontece às 11h, no Salão de Eventos do Centro de Convenções, em Olinda.

Caso Odijas A Comissão da Verdade também deve aproveitar o encontro para entregar ao governador a certidão de óbito retificada com a verdadeira causa da morte do líder estudantil Odijas Carvalho de Souza.

O novo documento, emitido no Cartório de Registro Civil da Graça, no Recife, aponta “homicídio por lesões corporais múltiplas, decorrentes de ator de tortura”.

O dijas morreu em 8 de fevereiro de 1971 nas dependências do Hospital da Polícia Militar de Pernambuco.