Cerca de 1.200 trabalhadores que atuam na Jaraguá Equipamentos, empresa terceirizada da Petrobrás responsável pela engenharia e montagem industrial da Refinaria Abreu e Lima, decidiram em assembleia realizada nesta quinta-feira (05) que só voltam às atividades após o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
O pagamento da PLR, que corresponde até um salário do trabalhador (220 horas), foi firmado em Convenção Coletiva da categoria.
Os trabalhadores estão de braços cruzados há dois dias, desde quando constataram a inclusão da PLR no contra-cheque, mas o valor, entretanto, não foi creditado na conta dos funcionários.
A decisão de manter a paralisação é em resposta a falta de acordo após rodada de negociação com representantes da empresa.
Em assembleia realizada no Portão Leste do Complexo de Suape, os funcionários não aceitaram a proposta de pagamento da PLR apenas na próxima segunda-feira (09).
Assessor de Relações Sindicais do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav), Leodelson Bastos, adverte que, caso o pagamento não seja efetuado no prazo acordado, as atividades em todo o Complexo Portuário de Suape serão paralisadas.
Leodelson Bastos denuncia também que a Jaraguá Empreendimentos tem intimidado e ameaçado os trabalhadores. “Depois das paralisações a Jaraguá está ameaçando demitir os funcionários que são membros da Cipa.
Eles erram e ainda querem punir os trabalhadores?”, questiona Bastos.