O navio da Agemar Transportes e Empreendimentos, empresa responsável pelo transporte de combustíveis para o arquipélago de Fernando de Noronha está, desde segunda-feira, sem poder atracar para desembarcar 200 mil litros de gasolina e óleo diesel.

Enquanto aguarda a vez para ancorar no porto, o navio fica fundeado próximo ao litoral onde trafegam dezenas de barcos.

Nos meses de dezembro e janeiro, os riscos são ainda maiores devido a ocorrência de swells, que são ondas de grande porte que dificultam a navegação.

A direção da Agemar atribui as constantes demoras para a atracação devido ao não cumprimento das regras para exploração das instalações do atracadouro.

Em todos os portos, as normas estabelecem que seja dada a preferência para atracação de navios com combustíveis, não só pela necessidade de abastecimento, mas, sobretudo, pelo aspecto da segurança.

A dificuldade para descarregamento também tem gerado riscos de desabastecimento de gasolina e diesel para veículos, uma vez que o posto existente na ilha tem capacidade para armazenar o suficiente para atender o consumo por cerca de 20 dias.

Com isso, atrasos na entrega da mercadoria podem levar à falta dos combustíveis nas bombas.

Diante dos riscos gerados pelas dificuldades de atracação, a Agemar comunicou à Administração do Arquipélago que, enquanto não existirem regras que estabeleçam a preferência para as embarcações que transportam combustíveis, o navio da empresa só sairá do Porto do Recife quanto tiver garantias de atracação em um período máximo de até 24 horas após a sua chegada ao arquipélago.