Foto: Lia de Paula/Agência Senado Usando a tribuna do Senado nesta terça-feira (3), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), uma das figuras mais críticas ao PT no Estado, assumiu a defesa da proposta original do Canal do Sertão.

Há quase dois meses, a iniciativa causou polêmica, após a divulgação do edital pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Franciso (Codevasf).

O edital reduzia a área irrigada pelo Canal, excluindo algumas cidades da região do Araripe. “É injustificável que o Governo venha fazer ajustes desnecessários que reduzam a abrangência do Canal do Sertão.

Não posso concordar com essa mudança e creio que o melhor caminho a ser tomado pelo Ministério da Integração Nacional é suspender as alterações promovidas”, defendeu Jarbas.

A polêmica foi maior porque a publicação do edital ocorreu logo após a saída de Fernando Bezerra Coelho (PSB) do Ministério da Integração Nacional.

O ex-ministro é de Petrolina, no Araripe.

De acordo com Bezerra Coelho, nunca houve redução no projeto porque a Integração sempre trabalhou com o que está no edital.

Um estudo de 2002 elaborado com apoio do ex-deputado federal Osvaldo Coelho (DEM) incluia os 17 municípios da região e serve como pivô da polêmica.

A proposta posta em prática pela Codevasf tem sete cidade a menos: Ouricuri, Araripina, Trindade, Bodocó, Exu, Granito e Moreilândia.

Osvaldo é tio de FBC.

No plenário do Senado, o peemedebista lembrou que estava à frente do Governo do Estado quando negociou os termos da Transposição, em 2005.

Na ocasião, o Canal do Sertão foi tido como uma contrapartida para que Pernambuco aderisse ao projeto federal. “Todas essas nossas sugestões – que não eram minhas, mas representavam os anseios dos pernambucanos do Sertão e do Agreste – foram aceitas e foi firmado um termo de compromisso entre o Governo Federal e o Governo de Pernambuco, assinado em 1º de setembro de 2005, por mim e pelo então ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes”, lembrou.

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