Foto: reprodução da internet Da Agência Estado O ex-presidente do PT, José Genoino (SP), apresentou na tarde desta terça-feira (3) pedido de renúncia do mandato de deputado federal.

O pedido foi feito por meio do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), que participou de uma reunião de integrantes da Mesa Diretora da Casa em que foi discutido o pedido de abertura de processo de cassação.

A apresentação da carta foi feita antes mesmo da conclusão da contagem dos votos dos integrantes da Mesa que chegou ao placar de quatro a dois pela abertura do processo de cassação.

Além de André Vargas, posicionou-se contra o pedido de perda de mandato de Genoino o quarto-secretário, Carlos Biffi (PT-MS).

Na saída do encontro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que o pedido de renúncia será lido na tarde desta terça no plenário da Casa.

O petista, condenado no processo do mensalão a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, pediu licença do cargo em julho após ser submetido a uma cirurgia cardíaca.

Atualmente, ele se encontra preso em regime domiciliar em Brasília.

CARTA DE RENÚNCIA Em sua carta de renúncia, o deputado José Genoino (PT-SP) voltou a afirmar sua inocência e criticou a transformação em “espetáculo” do possível processo de cassação contra ele. “Considerando a transformação midiática em espetáculo de um processo de cassação; considerando que não pratiquei nenhum crime, não dei azo a quaisquer condutas, em toda minha vida pública ou privada, que tivesse o condão de atentar contra a ética e o decoro parlamentar, renuncio ao mandato parlamentar”, afirma Genoino na carta.

Ele renunciou ao cargo para escapar de um processo que poderia ser aberto ainda nesta terça-feira, 03, pela Mesa Diretora da Câmara.

A carta foi entregue à Mesa pelo vice-presidente da Casa André Vargas (PT-PR), quando a votação já era majoritária para encaminhar o pedido de cassação à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A carta, enviada por Genoino por meio de seu irmão, o líder do PT, José Guimarães (CE), foi lida em plenário pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA).