O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, votou contra dois projetos de lei enviados à Casa pelo Executivo, autorizando supressões de vegetação em Áreas de Preservação Permanente propostas pelo governo do Estado.

O deputado declarou estar preocupado com o excesso de supressões e com a ausência de compensações.

Mesmo ciente de que os projetos seriam aprovados sem o seu voto, o deputado fez questão de deixar clara sua discordância com a forma como os projetos do governo referentes a esse tema estão chegando à Assembleia, sem explicar aonde serão feitas as reposições de vegetação. “Foram dois votos simbólicos, porque os projetos não podem mais ser feitos se esquecendo das questões ambientais.

Sou a favor das obras a serem feitas, mas os projetos indicam onde vai ser feita a supressão de vegetação e não diz onde será a compensação.

E assim, já são vários projetos tocados sem que as devidas compensações ambientais sejam feitas”, afirmou Daniel.

Os projetos que receberam o voto contrário de Daniel foram o 1741/2013 e o 1742/2013.

O primeiro autoriza a supressão de 25,35 hectares de vegetação no Recife e em Olinda por conta da obra de limpeza, desobstrução, desassoreamento e Retificação na calha do Rio Beberibe.

O segundo autoriza a supressão de 82.620 m² de caatinga, por conta da Adutora do Agreste.

Por lei, as supressões ambientais podem ser feitas, desde que aprovadas, com a devida compensação ambiental. “O que queremos é que os projetos do governo passem a descrever não apenas aonde será retirada a vegetação, mas também deixe claro onde será feita a compensação. É preciso ter essa preocupação ambiental nos projetos e o governo não está tendo”, destacou.