A Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) fez nesta terça-feira (3) denúcia sobre a história de um garoto de 11 anos que luta desde 2006 contra um tumor cerebral de 10 centímetros.
O tumor levou o paciente a desenvolver outros problemas, como diabetes descompensada, obesidade mórbida e osteomielite, uma infecção dos ossos causada por bactérias ou outros germes. “Meu filho ingere cerca de 20 litros de água por dia, além disso, faltam os medicamentos para trazer mais conforto ao seu tratamento.
Luto agora pelos remédios e pela cirurgia, mesmo sabendo dos riscos”, desabafa a mãe, Verônica Costa das Neves, 34 anos.
De acordo com laudo do médico neurocirurgião, Artur Cunha, que acompanha o caso do paciente, o diagnóstico é craniofaringioma, tumor benigno intracraniano. “Estamos lutando para que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) delibere a favor da cirurgia, já que o Hospital da Restauração (HR), diz ter condições de realizar o procedimento, porém só fará com uma determinação judicial, já que a intervenção é considerada de alto risco”, afirmou o ouvidor da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), Júlio César.
A mãe já assinou um termo de responsabilidade para a cirurgia, mas direção do hospital não aceitou.
Eles exigem uma determinação judicial ou parecer do MP. “Queremos também que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) disponibilize os medicamentos que estão faltando”, explicou o ouvidor.
A associação cobra respostas dos órgãos que foram notificados.
Caso o pedido não seja acatado, eles entrarão com ação judicial de urgência, exigindo o parecer do MPPE.