Na manhã desta segunda-feira (02/12), prefeitos dos municípios e cidades pernambucanas se reuniram em Gravatá para encontro promovido pelo Governo Federal.
O intuito do evento foi promover o diálogo entre prefeitos e a União.
Durante o evento, moradores do Conjunto Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, levantaram faixas pedindo agilidade na resolução dos problemas do conjunto.
O grupo se reuniu com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti.
A reunião a portas fechadas teve a presença do prefeito Elias Gomes e do deputado estadual Betinho Gomes.
Segundo Carmem Lúcia Araújo, representante do movimento ‘Daqui não saio, daqui ninguém me tira’, a reunião renovou a esperança de rápida resolução. “Foi maravilhosa, juntamos os senadores, os deputados, na reunião.
Já temos contato com a presidência, mas fizemos agora a pressão na ministra para começarem as obras, porque a gente não aguenta mais não começar nada.
Ela nos garantiu que vai nos ajudar.
Nosso objetivo foi alcançado, que era mostrar a necessidade de início imediato nas obras do Conjunto Muribeca”, disse.
Para o prefeito Elias Gomes, a iniciativa dos moradores foi importante para o desenrolar do processo. “Estamos otimistas porque, das vezes que fui a Brasília eu não encontrei esse processo de Muribeca parado.
Ele está num passo lento, mas é algo que tem começo, meio e fim.
Tanto nas visitas na Caixa, como na conversa com a chefe de gabinete da ministra do Planejamento, hoje com a ministra Ideli, temos visto que ele está sendo tratado no âmbito do governo.
Hoje, a ministra assumiu o compromisso de que vai colocar o processo debaixo do braço e vai acompanhar e nos dar retorno. É bom fazer justiça ao desempenho do senador Humberto Costa que se empenhou e que tem tratado da questão conosco.
A proposta já está elaborada, a constituição do fundo já está definida, agora só é preciso revalidar um decreto presidencial que libere o fundo.
Agora em dezembro pretendo ir a Brasília para falar mais do assunto” Segundo o coronel Luiz Gonzaga Dutra, assessor técnico especial da Secretaria de Ordem Pública e Segurança Cidadã, e responsável pelo acompanhamento do caso, alguns moradores ainda permanecem no local. “Temos em torno de 50 pessoas que ainda moram nos conjuntos, por diversos motivos, seja por apresentarem resistência ou porque ainda aguardam a liberação do auxílio moradia pela Caixa Econômica Federal (CEF), ou porque não querem fazer o cadastro”, explicou.
Dutra ainda informou que a base da sentença proferida pela juíza da 5ª vara Federal, Nilcéia Maggi, prevê a desocupação e responsabiliza a CEF pela recuperação dos blocos. “São 69 blocos, cada um com 32 apartamentos.
Até agora mais de 1000 unidades já foram desocupadas.
A quadra 3 teve a sentença dada primeiro que as outras e cada família recebe R$ 600 de auxílio moradia.
Já as demais unidades estão recebendo R$ 750, o que tem feito os moradores dessa quadra questionarem a decisão e buscarem a equiparação do benefício.
A sentença ainda prevê que os moradores, após serem notificados oficialmente e receberem a primeira parcela do auxílio moradia, devem sair em no máximo 30 dias, e responsabiliza a CEF pela recuperação ou reconstrução de todos os blocos”, disse. “A Caixa já contratou o ITEP (Instituto de Tecnologia de Pernambuco) para emitir os laudos e elaborar os projetos.
Treze dos 69 já foram finalizados.
Desses, oito estão em Brasília para captação de recursos.
A expectativa da CEF é que até dezembro todos os projetos estejam em tramitação no Governo Federal”, salientou Dutra. “O município já fez sua parte, designou uma equipe da Defesa Civil para acompanhar exclusivamente o caso”, reforçou.