Presidente do PPL, Sérgio Rubens entreou documento com propostas para Eduardo Campos.
Foto: reprodução do Facebook de Edna Costa.
Uma das propostas mais polêmicas do PPL acabou sendo suprimida do documento que a legenda apresentou ao governador Eduardo Campos (PSB) como compromisso político em troca do apoio em 2014.
A reforma agrária era o último dos oito itens listados pelo Partido da Pátria Livre como fundamentais para fazer o Brasil retomar o crescimento, mas ficou de fora da versão final do texto, entregue ao governador.
O governador foi pessoalmente ao Congresso Nacional da sigla, neste final de semana, para se comprometer com o documento apresentado.
Em troca, ganhou o apoio político do PPL para a coligação em que disputará a Presidência da República em 2014.
Antes de participar do encontro do partido neste sábado (30), Eduardo Campos esteve reunido duas vezes com integrantes da legenda para negociar o apoio a própria candidatura.
Nas reuniões, recebeu do presidente da sigla, Sérgio Rubens, a lista das propostas que o PPL defende para o País.
O documento defende a ampliação do investimento público e a construção do mercado interno; a redução dos juros e aumento de salários, prioridade para empresas genuinamente nacionais em licitações e financiamentos do BNDES; transformação do petróleo da camada de pré-sal em um grande fator de desenvolvimento econômico; ampliação da infraestrutura brasileira de estradas, portos, aeroportos e energia; desenvolvimento da ciência, engenharia e indústria de Defesa brasileiras; e educação e saúde gratuita e de qualidade.
Leia também: Eduardo Campos consegue apoio do primeiro partido para projeto presidencial Em Pernambuco, PPL também deve apoiar PSB na disputa pelo Estado Há um mês, integrantes da Rede revelaram ao Blog de Jamildo que a reforma agrária havia sido um dos temas tratados no Primeiro Encontro Programático da agremiação com o PSB.
Ao lado de outras reformas, ela teria sido definida como um dos desafios para o futuro do País.
Ela não constava, porém, na lista de desafios para a nação lançada nessa quinta-feira (28) no texto base do programa de governo do PSB e da Rede.
Ao invés disso, o documento critica a visão dicotômica entre agronegócio e sustentabilidade.
As dificuldades de Eduardo Campos com o agronegócio começaram após a entrada da ex-senadora Marina Silva no PSB.
Ambientalista, ela acabou fazendo duras críticas ao deputado Ronaldo Caiado, até então aliado de Campos e uma das grandes lideranças ruralistas do País.
Candidato à Presidência da República, o governador precisa do apoio político e econômico do agronegócio para chegar ao Palácio do Planalto.
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