O secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Figueira, recebeu, nesta quinta-feira (28), em São Paulo, o prêmio nacional da Editora Abril Saúde e Prevenção.
Com a presença do ministro Alexandre Padilha, da Saúde, a editora abril destacou a importância do projeto Sanar, que combate no Estado doenças negligenciadas.
Em breve entrevista ao Blog de Jamildo, pelo telefone, de São Paulo, nesta sexta-feira, Antônio Figueira não furtou-se a comentar a polêmica que envolveu seu nome desde que, na segunda-feira, o juiz federal Roberto Wanderley deu despacho determinando afastamento do cargo, em um processo de 2011, sob a alegação de que as ligações com o IMIP prejudicariam sua atuação como secretário. “Deus proverá, sempre.
A quem muito é dado, muito será cobrado.
Não me abalo.
Para mim, isto é fermento.
Se o meu único defeito é ser ligado ao Imip?
Adib Jateme era ligado à entidades filantrópicas e virou ministro.
Aqui, o que nós precisamos garantir é transparência”, comparou.
Criado em 2011, o programa busca diminuir os índices da tuberculose, filariose, hanseníase, doença de Chagas, esquistossomose, geohelmintíase e tracoma no Estado.
São 108 municípios pernambucanos considerados prioritários.
Desde o início do Sanar, 101 mil pessoas foram examinadas para saber se elas estavam infectadas pela filariose, e dessas, apenas cinco tiveram resultado positivo e logo foram encaminhadas ao tratamento.
Com isso, o Estado já iniciou o processo de certificação da eliminação da doença junto a Opas.
No Brasil, a filariose era considerada endêmica apenas nos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. “O mérito é do governador Eduardo Campos, que transformou em lei.
O estado cresce, mas tem mazelas de 500 anos, de pessoas que não tem voz.
Pernambuco é pioneiro por ser o único Estado a ter um projeto espécifico para combater estas doenças, com metas”, observou.