Professores, estudantes e representantes de movimentos sociais de Pernambuco promovem na noite desta quarta-feira (27), às 18h, no Pátio de São Pedro, no Bairro de São José, um debate sobre a legalização do uso da maconha e suas potencialidades medicinais.

O evento acontece em razão do Dia Nacional pela Legalização da Maconha e combate ao Câncer e constará de uma mesa composta pelos professores e pesquisadores Marcílio Dantas, Amaury Cunha e Rodrigo Cariri, além de Anderson, do Fórum da Juventude Negra, e do jornalista Helder Lopes, que fará a mediação do debate.

O Maracatu Rosa Vermelha, do Bairro dos Coelhos, fará a cultural e o encerramento da programação, prevista para terminar às 22h. “Sentimos que há uma grande desinformação generalizada sobre o que é a maconha e suas possibilidades de uso.

Por isso, além do uso medicinal, vamos incluir a discussão sobre a ‘guerra às drogas’ e avaliar quem são os principais beneficiados e prejudicados com isso”, declara Ingrid Farias, estudante de Serviço Social da Unicap e membro do Coletivo Antiproibicionista.

Marcílio Dantas, doutorando em sociologia pela UFPE e assessor da Secretaria de Direitos Humanos e Políticas de Drogas da Prefeitura de Jaboatão, espera discutir “as controvérsias” na relação que o Estado e a medicina tradicional estabelecem com a maconha atualmente.

Dantas, que fará parte da mesa redonda, levará documentos e tratados de medicina que comprovam que no Brasil a maconha já foi prescrita como remédio, e discutirá o que motiva a inversão que faz, hoje, ser apontada como causadora de doenças. “A ideia de hoje é reunir pessoas favoráveis ao uso da maconha no tratamento médico de combate ao câncer.

Quero contribuir mostrando que, no Brasil, o fim da prescrição médica da maconha tem apenas 100 anos.

Queremos, justamente, debater essas motivações”.