Da Agência Estado A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e entidades representativas de juízes reagiram à notícia de que o juiz titular da Vara de Execuções Penais de Brasília, Ademar de Vasconcelos, teria sido afastado do processo do mensalão.

No lugar de Vasconcelos, o juiz Bruno André Silva Ribeiro teria passado a comandar a execução das penas dos mensaleiros.

Relator do processo do mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, estava insatisfeito com Vasconcelos.

Numa nota divulgada nesta segunda-feira, 25, a OAB afirmou que seu conselho pleno aprovou o envio de um ofício pedindo que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) analise a regularidade da substituição do magistrado responsável pela execução das penas dos condenados por envolvimento com o mensalão.

O CNJ é o órgão que exerce o controle externo do Judiciário.

Mas também é presidido por Joaquim Barbosa.

A Associação dos Juízes para a Democracia divulgou uma nota forte na qual fala até em “coronelismo judiciário”. “Inaceitável a subtração de jurisdição depositada em um magistrado ou a realização de qualquer manobra para que um processo seja julgado por este ou aquele juiz.

O povo não aceita mais o coronelismo no Judiciário”, afirmou a entidade.