Foto: Retrographie Ateliê de Imagem Diagnóstico realizado a partir do levantamento realizado esta semana em indústrias e mineradoras do Polo Gesseiro aponta para a necessidade de utilização de energia solar como uma das formas de tornar o processo produtivo do gesso ecologicamente sustentável.
O diagnóstico foi feito pelo químico alemão Michael Braungart, especialista em desenvolvimento sustentável e reutilização de resíduos, que realizou visitas técnicas a indústrias e mineradoras da região para avaliar as tecnologias empregadas na fabricação do gesso.
A adoção da energia solar é uma das condições para que o Polo Gesseiro possa desenvolver um modelo de desenvolvimento sustentável com base na chamada “Plataforma Berço ao Berço”, que prevê o total reaproveitamento dos materiais utilizados na fabricação de produtos. “No Nordeste o sol é uma fonte de energia de grande potencial, mas ainda não temos a tecnologia para aplicá-la a desidratação da gipsita.
Por isso, vamos trabalhar para adequar nossos sistemas a fim de que possamos deixar de utilizar fontes não renováveis”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústrias do Gesso (Sindusgesso), Ariston Pereira.
Ele acrescentou que, para isso, o setor gesseiro necessitará de apoio dos órgãos governamentais para o desenvolvimento da tecnologia e também da estrutura de fornecimento da energia solar.
A ideia é implantar um projeto piloto de desenvolvimento tecnológico com universidades e implantar uma parceria público privada para financiar o projeto. “Temos todo o interesse em tornar todo nosso processo produtivo totalmente sustentável, tanto é que fomos o primeiro setor econômico do País a assinar um termo de compromisso com o Ministério Público estadual para redução de resíduos sólidos com o objetivo de chegar, de forma gradativa, à “geração zero” de resíduos”, destacou Pereira.