Por Aldo Amaral, presidente da Força Sindical de Pernambuco As economias sofrem transformações ao longo da História.
O mundo conviveu por um bom tempo com a dicotomia socialismo versus capitalismo.
Na década de 80 existia a Guerra Fria.
Nesta época, a extinta União Soviética disputava espaços de influência sobre os países com os Estados Unidos.
Em 1989, o Muro de Berlim caiu.
Para o filósofo Frans Fukuyama a queda representou o fim da história, ou seja, o término dos conflitos entre países socialistas e capitalistas.
Em 1991, o mundo conheceu o fim da União Soviética.
Marx ao escrever sobre burguesia e o proletariado afirmou que a História muda através do conflito de classes.
A disputa entre burgueses e proletários era a característica do capitalismo e só com a destruição deste seria possível o fim de tal conflito.
Em 1998, vários países sofreram com uma nova e pujante crise do capitalismo mundial.
Vários bancos quebraram.
As finanças de diversos países entraram em derrocada.
Uma nova ordem capitalista mundial surgiu.
Mais regulação sobre os mercados ocorreu.
Observem, portanto, que as mudanças são características do capitalismo.
A cada mudança na história do capitalismo, os trabalhadores conquistaram e perderam direitos.
No Brasil, desde a Constituição de 1988, direitos sociais são conquistados e efetivados.
Os sindicatos dos trabalhadores brasileiros em nenhum momento se acomodaram diante das crises do capitalismo e das mudanças da economia.
E sempre lutaram para a conquista dos direitos dos trabalhadores.
Desemprego é um termo que os sindicatos não admitem.
A dignidade do homem no sistema capitalista está entrelaçada com a atividade laborial.
Sem ela, o indivíduo carece de autonomia para consumir, sustentar a sua família, obter bem-estar e promover atos filantrópicos.
Mais pessoas empregadas, sociedade mais desenvolvida.
Recentemente, variados jornais de Pernambuco trouxeram a notícia da possibilidade de demissão em massa dos trabalhadores que atuam na construção da Refinaria Abreu e Lima em Suape.
As notícias são oportunas e servem de alerta para os governos Federal e Estadual e para toda a população pernambucana.
Infelizmente, o alerta faz sentido, pois, não é admissível aceitarmos naturalmente que pessoas fiquem desempregadas do dia para a noite.
Diante das possíveis demissões que poderão ocorrer, a Força Sindical de Pernambuco está atenta à preservação dos direitos dos trabalhadores.
Está igualmente atenta ao desenvolvimento econômico de Pernambuco e do Brasil.
Por isto, a Força Sindical irá acompanhar o desenrolar dos fatos e apontará soluções para que os trabalhadores que porventura venham a ser demitidos possam encontrar rapidamente outra ocupação profissional.
E não permitiremos de modo algum que os direitos dos trabalhadores sejam contrariados.
Ressalto que as transformações que poderão vir a ocorrer na economia pernambucana, em particular em Suape, estão sendo acompanhadas diariamente pela Força Sindical.
Reconheço que mudanças econômicas caracterizam o capitalismo.
Por isto, estou sempre atento a elas para que os direitos dos trabalhadores não sejam violados e que todos possam conquistar novas oportunidades de emprego.