Foto: Divulgação O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco, deputado Pedro Eugênio, ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados para criticar a forma como o Supremo Tribunal Federal (STF) conduziu o desfecho do julgamento dos réus do mensalão.
Na ocasião, questionou os acontecimentos que sucederam as ordens de execução das penas de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. “O Tribunal, que se curvou aos órgãos da imprensa e fez julgamentos sem provas, agora, não como um fato isolado, mas como consequência da sistemática maneira de tratar o Partido dos Trabalhadores e seus militantes, faz esse espetáculo deplorável”, disse.
Pedro Eugênio fez referência a fatos pessoais, quando citou as dificuldades vividas durante o período em que ficou preso no DOI-CODI na época da ditadura. “Nunca fiz disso uma bandeira pessoal.
Mas faço referência a isso porque quero perguntar: onde está a Justiça?”, indagou.
O pestista também desaprovou a forma como os réus foram conduzidos à ala federal da penitenciária no último sábado, em regime fechado.
O deputado demonstrou-se preocupado com o estado de saúde do deputado licenciado José Genoíno, que se submeteu a cirurgia em julho, após ser diagnosticado com dissecção da aorta, um rompimento da artéria que pode provocar grave hemorragia.
Pedro Eugênio disse que há três anos, também foi acometido pelo mesmo problema de saúde. “Levei três meses para ser liberado, para poder caminhar fora de casa, saindo do tratamento intensivo.
E fazem com que o companheiro, com muito menos tempo, seja levado ao cárcere e submetido à pressão psicológica que afeta diretamente o sistema vascular das pessoas”, disse.
Manifesto Pedro Eugênio assinou uma carta de repúdio às prisões dos réus da AP 470, ordenadas pelo STF no dia da Proclamação da República.
O manifesto, que também é assinado por juristas, advogados, entidades e membros da sociedade civil, classifica como “açodamento e ilegalidade” a forma como foram realizadas as prisões dos condenados.