Foto: Valter Campanato/ABr Da Agência Estado Um dia depois de participar da abertura de Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff comentou a situação tributária do País em entrevista a rádios de Campinas.

Dilma se queixou dos que, segundo ela, reclamam tanto da alta carga tributária quanto das desonerações feitas nos últimos anos.

Ela garantiu que o Brasil tem a saúde fiscal “bastante robusta” e que as desonerações feitas eram necessárias.

A presidente listou diversas mudanças tributárias que geraram renúncia fiscal, como a correção da tabela do Imposto de Renda, as desonerações da folha de pagamento e dos produtos da cesta básica e a depreciação acelerada para bens que desoneraram investimentos.

Pelas contas de Dilma, as desonerações custarão R$ 70 bilhões aos cofres públicos em 2013.

Segundo a presidente, as medidas ajudarão a diminuir o custo do aumento da produtividade e darão competitividade ao País.

Respondendo a uma pergunta, Dilma concordou com o termo utilizado pela entrevistadora para o sistema de cobrança de tributos: manicômio tributário.

Segundo a presidente, o “manicômio” é a burocracia que resulta inclusive na bitributação. “O manicômio tributário, com o qual eu concordo, é a burocracia.

Isso necessita uma reforma.

A burocracia olha para o cidadão e divide ele em várias partes”, afirmou, apontando o Simples como uma medida que vai melhorar esta situação.

Ao lado da reforma tributária, Dilma disse que o fim da guerra fiscal é “fundamental” para melhorar a situação brasileira.

A presidente deu entrevista às rádios de Campinas diretamente de Brasília, onde passa todo o dia de hoje.

Dilma tem reunião com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, participa da Reunião da Executiva Nacional do Partido Social Democrático e da abertura da 5ª Conferência Nacional das Cidades.