Os problemas enfrentados por estudantes, professores e funcionários da Universidade de Pernambuco, nos campi instalados no interior do Estado, foram apresentados nesta terça-feira (19) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), pela deputada Terezinha Nunes (PSDB).

Para defender Eduardo Campos, líder do governo exalta investimentos de Lula na educação A forma como o processo de interiorização do ensino superior no estado vem sendo implantado pelo Governo estadual foi criticada pela deputada, pois tem apresentado diversos problemas envolvendo todas as unidades.

Segundo a parlamentar faltam estruturas mínimas para que os alunos tenham uma boa formação acadêmica. “Não há assistências estudantil, como restaurantes, bibliotecas, transportes, casa de estudantes, bem como laboratórios”, denunciou.

O caso do campus de Arcoverde foi um dos apresentados pelos estudantes - as aulas são dadas em uma escola da rede estadual.

O curso de odontologia já está no 5º período e as clínicas para aulas práticas ainda não foram construídas.

Os problemas também afetam o corpo docente.

De acordo com a deputada, há um déficit de 410 docentes, situação que tem deixado muitas turmas sem aulas.

Em abril deste ano o Governo anunciou que seria realizado concurso público para preencher 33 vagas de professores.

Eles iriam atuar especialmente no interior do Estado, mas até agora não saiu do papel. “A Universidade não tem autonomia para fazer concurso e fica à espera de providências do Executivo, prejudicando os estudantes.

Enquanto o concurso não é realizado, o governo promove contratação temporária.

Inclusive soubemos que há professor temporário recebendo R$ 1.500,00 por mês”, destacou.

Outro dado apresentado por ela diz respeito à evasão escolar.

Em Caruaru, segundo a parlamentar, é grande o número de estudantes que abandonaram o curso, seja pelas dificuldades de chegar à universidade, ou por considerar a qualidade do ensino deficiente em virtude da falta de equipamentos técnicos e laboratórios.

Em Palmares, por exemplo, a evasão chegou a 50%.

A infraestrutura dos prédios também tem recebido críticas da comunidade acadêmica.

A maioria funciona em imóveis inadequados, como é o caso de Caruaru, que está instalado em um centro comercial da cidade, batizado pelos alunos de campus corredor. “Não somos contra a interiorização, pelo contrário, acreditamos que é necessário potencializar as vocações regionais, mas é preciso planejamento”, defendeu a oposicionista.