O vice-líder do DEM na Câmara Federal, deputado Mendonça Filho, fez nove emendas para apresentar ao Marco Civil da Internet durante a votação do projeto em plenário.

Um dos principais itens para votação da Câmara, o Marco Civil vem trancando a pauta por falta de consenso.

Uma das emendas de Mendonça Filho quer tornar livre a publicação de biografias na internet, no formato de e-books.

Em outra emenda, o parlamentar quer garantir ao cidadão que se sentir atingido com conteúdo disponibilizado na rede, o direito a recurso por meio de rito sumário em juizado especial, para a exclusão do conteúdo ofensivo e a reparação judicial dos eventuais danos.

Um dos pontos polêmicos, é a proposta do Governo de obrigar as empresas da internet a manterem os dados de usuários brasileiros no País sob o argumento que dificultaria outras ações de espionagem.

Contrário a proposta do governo para os data centers, o parlamentar apresentou emenda determinando que o Governo, ao invés de criar obrigatoriedade, estabeleça políticas de incentivos para que os provedores de conexão e de aplicações de internet instalem estruturas para armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no País. “Serviços de data center são mais caros no Brasil que em outros países.

Por isso mesmo, a proposta do Governo é absurda.

Vai encarecer ainda mais a operação e não resolverá o problema da espionagem”, afirmou.

Nas emendas apresentadas ao projeto do Marco Civil da Internet, o deputado propõe que os provedores de internet sejam obrigados guardar os dados por, no mínimo doze meses; responsabiliza os provedores pela guarda dos registros de acesso a aplicações de Internet, sujeitando-se a responder subsidiariamente sobre danos decorrentes do uso desses serviços por terceiros; Obriga o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento, a tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sendo vedada qualquer distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.