Foto: Edmar Melo/JC Imagem Em plena efervescência para escolha do novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado, a prisão dos onze condenados no julgamento do mensação fez com que os candidatos - a deputada estadual Teresa Leitão e o advogado Bruno Ribeiro - procurassem uma trégua na busca pela vitória no segundo turno e construíssem um discurso de união dentro da legenda.

Bruno Ribeiro compara prisão de José Genuíno a tortura a Gregório Bezerra Durante reunião nesta segunda-feira (18), os dois grupos adversários conversaram para apontar alternativas que minimizem o desgaste sofrido pela sigla.

Para Teresa Leitão, o momento agora é de “abaixar as armas” em consideração ao momento enfrentado pelo PT. “Não pude ir ao encontro nacional do partido, mas a expectativa é traçar soluções por aqui mesmo.

Não queremos mais agenda negativa.

Hoje, conversamos (os grupos de Bruno e Teresa) sobre a situação.

O PED (Processo de Eleições Diretas) teve boa avaliação, porém por mais que o diretório nacional torça por um PED pacificado, ele não pode dizer o que temos que fazer”, observou a deputada estadual.

Há um debate, ainda não marcado, entre os dois candidatos e a militância.

O grupo do advogado Bruno Ribeiro entrou com recurso para contestar os resultados de 35 urnas.

Já a ala de Teresa Leitão apresentou 15 impugnações.

MENSALÃO Sobre a condenação dos petistas no mensalão, a petista diz ter se sentido consternada pelos companheiros. “Como correligionária, dói muito conhecer a história dessas pessoas, saber da contribuição deles para o País e vê-los dessa maneira.

Mas, falando como cidadã, acredito que houve um equívoco muito grande do procedimento.

Um verdadeiro espetáculo, porque a pena deles (José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares) era para regime semi-aberto e eles estão em regime fechado”, pontua Teresa Leitão.

Na opinião da deputada, a forma como a recomendação da Justiça foi cumprida gera uma instabilidade ruim para o País.