Foto: Igo Bione/JC Imagem O afastamento de Julio Lossio (PMDB) da Prefeitura de Petrolina - no Sertão de Pernambuco -, determinado esta semana pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador José Fernandes de Lemos, mostrou o abismo existente entre o gestor e o núcleo da legenda ligado ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que lidera a sigla em Pernambuco.
Nenhuma liderança do partido saiu publicamente em defesa do correligionário.
Em Petrolina, PSB pede execução de acórdão que cassou Julio Lossio e prefeito pode ser afastado do cargo Em Petrolina, Júlio Lóssio é afastado da prefeitura Enquanto isso, o deputado federal Paulo Rubem Santiago, do PDT, em artigo publicado esta semana no Blog de Jamildo, defendeu que a perda do mandato do peemedebista “representa uma tentativa de interdição ao exercício do direito à habitação em Petrolina”, destacando o trabalho do gestor na regularização fundiária.
A cassação de Júlio Lóssio e o direito à habitação O presidente estadual da sigla, Dorany Sampaio, só se posicionou sobre a questão após ser procurado pela reportagem. “Já liguei para ele e manifestei minha total solidariedade.
Estamos com ele.
Precisamos aguardar a decisão da instância superior”, disse o dirigente.
A dissidência no PMDB é motivada pela diferença de opinião sobre os rumos do partido em 2014.
Ligado ao comando nacional do PMDB, Lossio defende o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), enquanto que lideranças vinculadas ao senador Jarbas Vasconcelos querem aliança com a candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB).
O prefeito é apontado como postulante a governador e já se mostrou disposto a enfrentar o núcleo jarbista. “No pleito de 2014, tenho o sonho de apresentar ao meu Estado as minhas experiências.
Quero ter o direito de participar de uma indicação partidária”, disse Lossio, em encontro com blogueiros há dois meses.
Na mesma ocasião, criticou a direção local, argumentando que a sigla se curva a Eduardo Campos.
A cassação de Lossio ocorreu em agosto, por 4 votos a 3.
Ele é acusado de realizar atos administrativos públicos, prática vedada pela lei, por causa de um evento que marcou a regularização de imóveis no loteamento Terras do Sul.
Na última terça, o TRE-PE decidiu pelo afastamento, enquanto ele recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O pedido foi feito pelo deputado federal Fernando Filho (PSB), segundo colocado no pleito de outubro.