Foto: reprodução do Twitter O governador Eduardo Campos (PSB) falou como candidato à Presidência da República durante a entrevista concedida na madrugada desta terça-feira (12) no Programa do Jô. “Eu acreditava piamente que o nosso encontro ia ser no segundo turno”, afirmou sobre a entrada da ex-senadora Marina Silva no PSB, no início de outubro.
Antes de anunciar o ingresso temporário no partido de Eduardo, havia a expectativa de que Marina conseguisse criar sua própria sigla, a Rede Sustentabilidade, ou ingressasse em outra legenda.
Apesar de ser tida como irreversível pelo núcleo central do PSB, a candidatura presidencial do governador não foi assumida publicamente.
A expectativa é que o anúncio de uma candidatura ocorra apenas no início de 2014, quando Eduardo teria que se desincompatibilizar do Governo do Estado.
Em certo momento da entrevista, o socialista demonstrou confiança no resultado da candidatura. “Eu tenho clareza que essa é uma eleição de dois turnos, como foram todas as outras, e que com certeza nós estaremos no segundo turno”, afirmou.
Dentro do PSB, a expectativa é que o governador comece a ultrapassar o senador Aécio Neves (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto a partir do final deste ano.
Leia também: Campos diz que vai reduzir número de secretarias de Pernambuco País está em uma encruzilhada, diz Campos Marina Silva acredita ter sido vítima de uma ação para lhe retirar candidatura, revela Eduardo Campos Cidade Viva especial com Eduardo Campos Durante a conversa, Eduardo também negou ter a disposição de disputar uma candidatura ao Senado Federal. “Eu poderia ter o conforto de estar no governo [Dilma], ou com uma candidatura a senador e uma sucessão mais estruturada”, disse.
O governador também revelou que as pesquisas tidas pelo PSB hoje mostram que ele teria entre 65% e 69% dos votos, caso decidisse disputar o Senado.
No final do programa, Eduardo respondeu perguntas da plateia, inclusive uma sobre o fato de Marina aparecer à frente dele nas pesquisas de intenção de voto.
O governador minimizou a posição dos nomes lembrando que as pessoas que já disputaram eleições costumam ser mais conhecidas e ter mais intenção de voto, mas isso não muda o resultado.
Deu como exemplo a situação da presidente Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de 2009, quando ela aparecia atrás do ex-governador José Serra (PSDB).