Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem A vereadora Priscila Krause (DEM) e o secretário de Segurança Urbana do Recife Murilo Cavalcanti chegaram a trocar farpas diretamente sobre o terreno que a PCR estaria comprando à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para construção de um Centro Comunitário da Paz (Compaz) meses após ter anunciado que a área seria doada pela empresa.
Após a nota em que o secretário rebate as críticas de Priscila classificando-a de “pobre menina rica”, a democrata teria telefonado para o gestor e o chamado de “cabra safado”. “Quando aconteceu esse episódio antes de ontem, ela ligou para minha casa umas nove e meia da noite dizendo que eu era um ‘cabra safado’.
Eu não sou ‘cabra safado’”, afirmou Murilo nesta quinta-feira (7), em entrevista ao comunicador Aldo Vilela, na JC News.
Um pouco antes das 20h, a assessoria da Secretaria de Segurança Urbana havia encaminhado a nota do secretário à imprensa.
Leia também: Sileno Guedes nega convite à Priscila Krause e joga crise para Murilo Cavalcanti Na Câmara, até governistas saem em defesa de Priscila Krause “A gente poderia ter tido uma conversa civilizada, mas ela não quis de maneira nenhuma.
Eu não rebati porque é uma mulher e eu acho que ela tem que fazer o papel dela de oposição; mas ela não poderia em momento nenhum ligar para o meu telefone particular e me fazer uma agressão dizendo que eu sou um ‘cabra safado’”, disse o secretário em entrevista à Rádio. “Eu liguei para ele e disse a ele, de maneira particular, entre eu e ele, tudo o que eu achava que ele merecia ouvir”, confirmou a vereadora, em entrevista à mesma emissora. “Pelos jornais eu mandei a nota que eu achei que deveria ser pública”, disse a democrata.
Ouça a entrevista de Murilo Cavalcanti no site da JC News.
No texto lançado por Priscila no mesmo dia, a vereadora afirmou que havia recebido um convite do próprio Murilo para integrar a base do prefeito Geraldo Julio (PSB) na Câmara.
A conversa que teria ocorrido há um mês também foi confirmada pelo secretário. “Um mês atrás, numa ligação privada que eu fiz pra vereadora Priscila Krause eu disse ‘Priscila, o prefeito Geraldo Julio está fazendo uma transformação radical nessa cidade.
Vamos construir novas escolas, vamos mudar o ensino aqui em Recife.
Você não podia pensar de estar neste projeto de um novo Recife, não?’.
Ela disse ‘Murilo, eu fui eleita com o voto de oposição, então eu vou ficar na oposição’”, o diálogo não teria ido adiante.
Em janeiro deste ano, quando a construção do Compaz do Bongi, a PCR e a Chesf assinaram um protocolo de intensão de doação do terreno e não a doação em si, como chegou a ser divulgado na época.
Posteriormente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) barrou a doação e o prefeito Geraldo Julio tomou a decisão de comprar a área porque a licitação para construção do equipamento já havia sido realizada.
Na terça-feira (5), o Diário Oficial da União publicou o termo de dispensa de licitação para compra do local a um custo de R$ 13, 87 milhões, dividido em cem vezes, o que motivou as críticas da oposição.
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e revela que foi convidada para compor base aliada No Recife, oposição denuncia que Prefeitura pagará R$ 13,8 milhões por terreno ´doado`