Foto: Clemilson Campos/JC Imagem A vereadora Priscila Krause (DEM) reagiu às declarações do Secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, em relação à denúncia da democrata sobre a compra do terreno do Compaz do Bongi, anunciada em janeiro pela prefeitura como doação.

Em resposta à parlamentar, Murilo Cavalcanti afirmou que Priscila desconhecia a realidade do Recife.

Na tréplica, a oposicionista acusou o auxiliar do prefeito Geraldo Julio de usar “retórica rasteira” e revelou que, há menos de um mês, ele a convidou para ingressar na base aliada.

No Recife, oposição denuncia que Prefeitura pagará R$ 13,8 milhões por terreno ´doado` Secretário diz que Priscila Krause desconhece o verdadeiro Recife Veja a resposta completa da vereadora: A resposta do senhor Murilo Cavalcanti é despropositada, ofensiva e deselegante.

Deselegante porque tenta me etiquetar de forma pejorativa, usando retórica rasteira.

Despropositada porque revela total desconhecimento sobre o debate travado na Câmara Municipal.

Tão somente questionei a contradição das informações oficiais do Governo Municipal sobre o título de aquisição da propriedade do terreno onde está sendo construída uma unidade do Compaz.

Se era doação ou compra.

Ressaltei, inclusive, a importância do Compaz dentro do nosso contexto social.

Eu o conheci em 1994 fazendo campanha para o então candidato a governador, Gustavo Krause, contra Miguel Arraes, no mesmo palanque de Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel.

Mas eu estava enganada, não o conhecia.

Ele tem múltiplas caras.

Há menos de um mês me telefonou perguntando se, caso o prefeito me convidasse, eu iria para a base do governo municipal.

Mostrou essa cara.

A cara de quem quer mostrar serviço ao prefeito.

Aliás, ele precisa mostrar serviço.

Agora mostra outra cara.

Ao me ofender pessoalmente, ao ser deselegante, não comigo, mas com meus eleitores; não comigo, mas com a voz da oposição, ele procura me intimidar.

Assim como procurou, insinuando convites, usar a moeda do adesismo.

Não vai nem me intimidar e, muito menos, me inibir com acenos levianos à minha voz legítima de um oposicionismo equilibrado, com base em elementos factuais.

Em tempo, antes de enviar essa nota à imprensa, liguei para ele e, de viva voz, disse que lhe daria publicamente a resposta merecida.