Foto: Clemilson Campos/JC Imagem O vereador André Régis (PSDB) tentou desmantelar o discurso utilizado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) de que os principais problemas do Recife são casos históricos, ao denunciar nessa segunda-feira (4) que recém-nascidos estariam sendo criados nos equipamentos da Academia da Cidade no calçadão de Boa Viagem. “Acredito que estou com a razão ao afirmar que essas crianças são invisíveis por parte do poder público.
E no caso do calçadão de Boa Viagem elas lá estão há pouco tempo, já na gestão do prefeito Geraldo Júlio.
Ou seja, não é problema histórico e sim um problema novo”, afirmou na tribuna. “No cartão postal do Recife, no lugar mais importante para se acolher os turistas, as pessoas encontram crianças indefesas vivendo com seus pais debaixo de escadarias”, disse.
Presidente da Comissão de Educação da Câmara, André Régis criticou o modo como a PCR tem cuidado das crianças recifenses. “Fica aqui o nosso repúdio à omissão do poder público que permite que as crianças permaneçam nas ruas em horários de escola, correndo risco entre os carros.
Uma sociedade civilizada não permitiria esse tipo de conduta”, declarou.
O vereador, que já realizou um levantamento da questão da Educação no município costuma ser a voz mais crítica na Casa no setor.
Há menos de duas semanas o prefeito Geraldo Julio afirmou que não via as cobranças de Régis como críticas à própria gestão. “Não vejo como críticas a minha gestão.
Eu vejo ele fazendo uma constatação da situação histórica da Rede de Educação do Recife”, disse.
A resposta foi parecida para críticas na área de Saúde feitas pelo também oposicionista Raul Jungmann (PPS).
O socialista já chegou a ser criticado pelos opositores por utilizar o discurso de que os problemas apresentados são herança histórica.
Em entrevista à Rádio JC News, a líder da oposição na Câmara, Aline Mariano (PSDB), afirmou que o prefeito se torna co-responsável pela situação da rede pública por não ter feito um balanço de como recebeu a Prefeitura das mãos de João da Costa (PT). “Eu tomei uma decisão de usar o meu primeiro ano de governo para trabalhar”, rebateu o prefeito na última sexta-feira (1º) sobre o fato de não ter realizado o balanço.
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