Foto: José Cruz/ABr Da Agência Estado Integrantes da Rede, cujo registro foi negado pela Justiça Eleitoral, e os do PSB, que abrigou os “marineiros” sem partido, começam a chegar a um primeiro consenso no prometido “debate programático” iniciado há uma semana: transformar a reforma urbana, sob o conceito de “cidade sustentável”, em prioridade do projeto presidencial que une a ex-ministra Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

A ideia dos dois grupos, que ainda divergem em uma série de questões, é “vender” a ideia de que hoje os principais problemas ambientais estão nas cidades. “Quer assunto mais relacionado com o meio ambiente do que falta de esgoto e de água potável?

Do que a falta de um transporte público de qualidade que alivie o trânsito dos grandes centros?”, diz o primeiro-secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira.

O tema é caro a Marina, ex-titular do Meio Ambiente do governo Luiz Inácio Lula da Silva que anunciou apoio a Campos tão logo viu ruir seu projeto de criar um novo partido a fim de disputar o Planalto em 2014. “O PSB sempre falou de reforma urbana, só não usávamos a palavra ‘sustentabilidade’, que talvez seja um termo mais contemporâneo.

Mas é apenas uma questão de vocabulário, porque o conceito é o mesmo”, diz Siqueira, segundo quem, desde 2002, o tema aparece em programas de governo do PSB.

Além de valer como um assunto afim entre PSB e a Rede, coordenadores da sigla acreditam que uma proposta de programa robusto e de impacto voltado para a reforma urbana pode responder em cheio aos pedidos dos manifestantes que tomaram as ruas em junho.

O programa, ainda em fase embrionária, teria como objetivo focar na questão de “políticas integradas”, com ações coordenadas nas áreas de educação, saúde, mobilidade, segurança, cultura e esportes para garantir a vida “sustentável” na cidade.