Por Wladimir Quirino, historiador e membro do Diretório Regional do PT-PE A aliança Marina-Eduardo, dentre outras coisas, mostrou um extremo pragmatismo.
O PSB colocou de lado as questões programáticas e evidenciou um verborrágico discurso da “Nova Política” que se consubstancia na artificialidade de marqueteiros e não condiz com a prática política dos seus atores.
O que vale não é a boa política que é baseada num histórico de ações positivas, em programas construídos no conjunto da sociedade, numa biografia de luta dos seus participantes e atores ou em marcos registrados numa linha cronológica de acontecimentos.
Hoje, no Brasil , o PSB protagoniza a política sintética, a política partidária 2.0, a Nova Falaciosa Politica.
Onde o cidadão e cidadã são tratados sem sentimento, subestimados e não estimulados ao senso crítico.
Existem dois Pernambucos: O da Nova Política ( artificial e sintético) criado pelas agências de publicidade do governo do estado e o Pernambuco real.
Vivido por todos nós cidadãos e cidadãs.
No mundo real o Leão do Norte passa por inúmeras dificuldades que tem como agente causador a ineficiente gestão da máquina pública estadual.
O governo se encontra endividado em mais de R$ 7,5 bilhões oriundos empréstimos a instituições nacionais e estrangeiras ao longo da gestão pessebista.
Tentam, a todo custo, transformar este endividamento em credibilidade e capacidade de gestão.Diante disso ,o governo do estado, anunciou o corte de 969 cargos comissionados.
Divulgaram como uma atitude de responsabilidade, todavia evidencia quanto o estado está sendo mal administrado.
Mostra a total falta de planejamento e de gestão dos recursos públicos.
Uma característica provavelmente partidária, pois na Paraíba entre os empréstimos do governador Ricardo Coutinho(PSB), entre as lagostas, farinha láctea e toneladas de filé mignon, também houve um super endividamento do governo paraibano.
Pernambuco tem hoje mais de de 26 mil servidores em contratos temporários.
A gestão ineficiente do governo do estado apresenta debilidades em diversas áreas.
Uma bem visivel é a educação.
Pernambuco detém o pior salário de professor do Brasil, escolas em péssimas condições, 36% dos professores são contratados e governo do estado descumpre a Lei Federal Nº 8.745, de 1993 (que estabelece que o número total de professores substitutos ou visitantes não poderiam ultrapassar 20% dos docentes efetivos).Entretanto a Nova Política do governo de Pernambuco, tão propagandeada Brasil a fora, tenta caracterizar como “eficiente” a sua gestão .
Os investimentos, obras e ações do Governo Federal estão visíveis em todo o estado.
Mas a ineficiência do governo Eduardo não acompanha o ritmo de realizações de Dilma.
Os desafios são muitos, mas as repostas não chegam na mesma velocidade.
Pernambuco tem um dos piores IDHM do Brasil, SUAPE promove, aos olhos da nação, uma das maiores devastações ambientais da história.
Sem falar no caos do sistema prisional do estado.
O Aníbal Bruno tem capacidade para 1.448detentos, mas abriga mais de 5000.
Em todo Estado o quadro é de mais de 23.000 presos para oito mil vagas.
Uma das peças fundamentais para o bom funcionamento da justiça,o Defensor Público, recebe o segundo pior salário do Brasil.
Eis um retrato do cotidiano que a política 2.0 do PSB não mostra.
Pernambuco tem grande gratidão a presidenta Dilma e ao eterno presidente Lula.
São tantas ações que é difícil quantificar.
A BR-101,Hemobras, Mais Médicos, 30, 6 mil casas (Minha Casa Minha Vida),Caminhos da Escola (1.523 mil ônibus escolares), Pronatec, Estaleiro Atlântico Sul, Transnordetina, Transposição do rio São Francisco, Refinaria Abreu e Lima, Escolas Técnicas, obras de contenção do avanço do mar em Paulista, Olinda, Recife e Jaboatão, enfim, diversas ações em todos os municípios do estado.
Uma coisa é certa, apesar de toda ajuda do governo federal( Lula e Dilma), Pernambuco poderia mais.
Poucas são as obras genuinamente planejadas, elaboradas e executadas pelo governo do estado.
A imensa maioria tem como origem o governo Federal e de iniciativas políticas de Lula (fábrica da FIAT).É certo que o estado pode mais (pode fazer mais), sendo suas ações direcionadas aos mais necessitados, aos mais humildes e tendo a participação popular como força motriz do desenvolvimento social.
O que não pode é um governante ter características aleivosas.
Características estas imortalizadas pelo o poeta Augusto dos Anjos em um de seus seus versos mais famosos : " a mão que afaga é a mesma que apedreja".
Eduardo Campos usou Lula.
Hoje, literalmente, o apedreja pelas costas.