Foto: BlogImagem Por Bruna Serra Do JC Online A guerra de forças no Partido dos Trabalhadores em Pernambuco está ganhando ares de odisséia.
No apagar das luzes, a Executiva estadual do partido aprovou, na noite da última segunda-feira (28), uma resolução em que os filiados que ainda estejam ocupando cargos no governo Eduardo Campos (PSB) apresentem, em 72 horas, seus pedidos de exoneração.
A medida, até ontem, contudo, não era conhecida pela maioria dos petistas.
De carona na decisão, o candidato a presidente estadual do partido,Bruno Ribeiro – apoiado pelo grupo do senador Humberto Costa e do deputado federal João Paulo –, soltou uma nota pública cobrando que os correligionários deixem os cargos. “Infelizmente temos percebido a resistência de alguns membros do partido em cumprir a determinação.
A discussão sobre o futuro do PT é necessária.
Mas não com quem está vinculado a projetos anti-petistas”, atacou Bruno Ribeiro, no texto, referindo-se ao PSB.
O recado foi direcionado ao secretário executivo estadualde Agricultura, Oscar Barreto – que também preside o PT no Recife e é candidato à reeleição – e ao secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja. “Oscar Barreto e Eduardo Granja vão cumprir que prazo?
O estabelecido pelo PT ou pelo governador, que mandou ele aguardar mais 30 dias?”, disparou Ribeiro, em clara provocação.
Oscar Barreto revidou as acusações afirmando que está seguindo as orientações do presidente estadual do partido, deputado federal Pedro Eugênio, que disse, em entrevistas, que a saída seria negociada e sem percalços. “Estou esperando os 30 dias da transição.
Bruno Ribeiro tem pouca autoridade sobre o partido e o debate.
Ele tenta contaminar o PT com o ódio que ele tem do PSB.
Ele não tem autoridade para me inquirir”, respondeu Oscar Barreto. “Agora porque eles não entregam os cargos que tem na Empresa Pernambucana de Transporte Municipal?”, provocou o atual presidente do PT Recife.
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