Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Da Agência Brasil Brasília - A proposta de independência para o Banco Central (BC) não recebeu sinal positivo do governo federal.

O tema, levantado na última sexta–feira (25) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi discutido hoje (29) pelo líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), em reunião com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

Para Braga, a retomada da discussão é novidade e ainda precisa ser mais analisada com a base aliada no Congresso.

No entanto, adiantou que o governo entende que o BC já tem autonomia na prática e não dá “sinal positivo” para um projeto que estabelece independência absoluta, com direito a mandato para o presidente do banco. “O governo tem o entendimento de que hoje, na prática, nosso Banco Central já está sob o regime de metas e com autonomia.

No entanto, nós precisamos discutir se é o momento para se estabelecer já na forma da lei, com mandato, uma independência para o Banco Central.

Essa discussão não tem, neste momento, uma sinalização positiva do governo”, disse o líder governista.

A ministra ressaltou que o entendimento do Palácio do Planalto é que o BC vem atendendo às necessidades da economia brasileira.

Ideli disse que o governo não vai se opor ao debate, embora seja contra modificar algo “que está dando certo”.

Renan declarou que pretende colocar em votação, até o fim deste ano, uma proposição sobre o assunto.

Na opinião dele, “todas as matérias têm resistências” de algum setor da sociedade e a falta de consenso, nesse caso, não será impedimento para que o assunto seja debatido e votado.