Foto: divulgação A Prefeitura do Recife foi questionada novamente por professores por falta de diálogo.
Desta vez, a categoria reclama do projeto de lei 45/2013, enviado no último dia 21 pelo governo Geraldo Julio (PSB), que altera os critérios das eleições de diretores das escolas municipais, estabelecendo, por exemplo, a possibilidade de concorrer a apenas uma reeleição, limitando o mandato a seis anos.
A matéria seria votada nesta terça (29), mas os professores lotaram as galerias da Casa José Mariano e pressionaram por diálogo em torno do texto.
A categoria reclama, por exemplo, que os diretores precisarão passar por uma avaliação para assumir o cargo. “O prefeito Geraldo Julio (PSB) não quis assumir compromisso para avaliar os estudantes e quer avaliar os professores?”, disse um dos presentes, lembrando que o socialista não aceitou o pacto sugerido pela oposição de estabelecer como meta da Prefeitura a obtenção de média 6,0 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para a educação pública recifense.
Para resolver a confusão, a votação do projeto foi adiada e o vereador da oposição e presidente da Comissão de Educação, André Régis (PSDB), avisou que pedirá uma audiência pública para discutir o projeto.
Com isso, o pleito para escolher os novos diretores deve ficar para fevereiro.
Além do texto em si, o tucano reclama que a Prefeitura enviou em outubro um projeto que vai interferir em uma eleição que ocorre no próximo mês. “Isso demonstra que a gestão está perdida na área educacional.
Enviou um projeto correndo contra o tempo, sem discutir, tendo que recuar.
Há, no mínimo, uma falta de planejamento.
A pasta da educação está à deriva”, provocou.
Em entrevista nesta terça (29) ao Cidade Viva - programa do portal NE10 e da TV Jornal em parceria com os demais veículos do Sistema Jornal do Commercio -, o secretário de Educação, Valmar Côrrea, explicou que a ideia é impedir várias reeleições e garantiu que mantém diálogo com a categoria.