O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, concedeu, nesta terça-feira, coletiva de imprensa, em Brasília, ára falar de assuntos como os 25 anos Constituição, avanços da Carta, uso de medidas provisórias, independência do Parlamento e uso da máquina federal.
Veja alguns trechos abaixo.
Sobre pesquisas eleitorais “Essas pesquisas, se você analisá-las com maior profundidade, todas elas mostram que mais de 60% da população não querem votar na atual presidente da República, mesmo tendo ela 100% de conhecimento, uma presença na mídia diária e avassaladora.
Acho que quem for para o 2º turno com a atual presidente da República, se é que ela vai para o segundo turno, vence as eleições”, afirmou hoje, em Brasília.
Sobre suposto uso da máquina pela presidente Dilma “Não temos hoje mais um a presidente full time, temos uma candidata full time.
E as ações do governo, todas elas, são da direção da campanha eleitoral.
Lamentavelmente, não há regras que inibam isso, mas o que assistimos hoje é quase que um monólogo por parte da presidente da República.
Vamos aguardar que, no tempo certo, no momento da discussão, no momento do contraditório, possamos mostrar que, para o Brasil, é muito bom que esse ciclo que encerre e inicie outro com eficiência na gestão pública, com uma visão mais pragmática e moderna das nossas relaç&ot ilde;es externas, com clareza e transparência nos atos dos governantes.
Tenho muita confiança que vamos ter, dentro de um futuro próximo, um novo governo no Brasil”.
Sobre independência do Parlamento O Parlamento vem se divorciando da sociedade, a verdade é essa.
Hoje, somos um apêndice do Poder Executivo.
O Congresso Nacional, a partir da maioria governista, hoje, nada fez mais que homologar as decisões do governo.
Nada mais faz que votar a agenda do governo, grande parte dela através de medidas provisórias.
Quando presidi a Câmara dos Deputados, consegui aprovar proposta que impedia a reedições indefinidas ou ilimitadas das medidas provisórias.
Exatamente para inibir sua edição.
Foi um avanço importante naquele tempo, elas passaram a trancar a pauta.
Mas tivemos um efeito colateral, que foi o trancamento excessivo da pauta.
Apresentamos nova proposta no Senado, na verdade, relatei uma proposta do presidente José Sarney, que foi aprovada por unanimidade no Senado, mas, infelizmente, não teve até hoje deliberação da Câmara dos Deputados.
Já faz quase dois anos.
Era preciso que essa proposta fosse aprovada para que o Congresso pudesse, interpretando o sentimento das ruas, ele próprio apresentar sua agenda.
Hoje, o Congresso Nacional não tem autonomia para apresentar uma agenda de projetos.
Essa autonomia, infelizmente, foi usurpada pelo Poder Executivo.