Quem anda pelos bairros e ruas do centro da cidade ou na beira das estradas já deve ter visto diversas manifestações de design informal inscritas em muros, anúncios, placas, faixas, cartazes e vitrines.

Esses elementos da gráfica popular geralmente são produzidos à mão por ‘artistas’ anônimos, que não passaram pela academia e têm a função de divulgar produtos e serviços, principalmente de estabelecimentos de pequeno porte como borracharias, salões de beleza, chaveiros e lojas de confecção.

Não só isso.

Em grandes redes varejistas, por exemplo, tal serviço também é utilizado.

Toda essa produção de letreiramentos populares acabou inspirando a elaboração do livro “Abridores de Letras de Pernambuco: Um mapeamento da gráfica popular”, que será lançado na próxima quinta-feira (31), às 19 horas, no Orbe Coworking.

Com 144 páginas e impresso pela Gráfica Santa Marta, a publicação tem cerca de 200 imagens coletadas por pesquisa de campo em seis municípios – Recife, Gravatá, Caruaru, Arcoverde, Salgueiro e Petrolina.

Resultado de uma pesquisa inédita no país, a obra apresenta ainda o relato de 12 pintores de letras, entrevistados durante a pesquisa, o que permitiu descobrir as técnicas mais utilizadas por eles e suas expectativas sobre o futuro dessa atividade.

A obra está escrita em versão bilíngue - em inglês e português - e será distribuída para todo o país pela editora Blucher.

Os autores são Fátima Finizola, Solange Coutinho e Damião Santana, também responsável por todos os registros fotográficos do livro ao longo de cinco anos de pesquisa, desenvolvida no programa de pós-graduação em Design pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).