As fraudes e ligações clandestinas, conhecidas popularmente como ‘macaco’, respondem por 8,7% da energia elétrica distribuída na área de concessão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
Numa comparação simples, o percentual desviado ilegalmente equivale ao consumo de um mês de toda a cidade do Recife.
São cerca de 230 gigawatts furtados, mensalmente, da rede de distribuição.
Para tentar reverter essa realidade, a Celpe tem intensificado as fiscalizações e ações de combate ao furto em toda a sua área de concessão.
Até o último mês de setembro, a concessionária havia realizado aproximadamente 110 mil inspeções em unidades consumidoras, principalmente em comércios e indústrias.
Desse total, 30% foram consideradas procedentes.
Outras 35 mil inspeções técnicas devem ser promovidas até o fim do ano.
Uma outra ação desenvolvida pela concessionária é a regularização das unidades consumidoras que estavam sendo supridas por ligações clandestinas.
Devido a essa ação, aproximadamente dez mil famílias deixaram de furtar energia e passaram a ser clientes da concessionária nos primeiros nove meses de 2013.
Além das unidades consumidoras, a Celpe também promove ações de combate às ligações clandestinas em vias públicas tais como comércios ambulantes e lava-jatos irregulares.
Foram mais de 1,2 mil até setembro.
Até o final de dezembro, 1,6 mil ações devem ser concluídas.
Além de representar risco de vida para pessoas e animais, a prática de gambiarras prejudica toda a sociedade. “As ligações realizadas fora dos padrões de segurança expõem crianças e adultos ao perigo de sérios acidentes e podem provocar sobrecarga na rede elétrica, gerar oscilações, comprometendo a qualidade do fornecimento”.
A companhia lembra que o furto de energia configura crime, previsto no Artigo 155 do Código Penal Brasileiro.
O infrator que for flagrado fazendo ligação clandestina pode pegar de um a quatro anos de reclusão.