Em resposta às notícias divulgadas na imprensa de que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) acionou a Justiça para que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) cumpra as normas de segurança estipuladas na legislação e para tanto adote todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população, a fim de evitar choques na rede elétrica, a concessionária afirmou que “grande maioria das ocorrências envolvendo energia elétrica foi motivada por interferências externas à rede de distribuição de energia”.

MPPE ajuíza ação contra a Celpe requerendo o pagamento de R$ 5 milhões por danos morais Em liminar, TJPE obriga Celpe a melhorar segurança e evitar choques em postes, sob pena de multa milionária De acordo com texto divulgado pela empresa, “a prática de ligações clandestinas e o contato acidental de operários de obras de construção civil, que não observaram a distância mínima de segurança da fiação elétrica, estão entre as principais causas de acidentes”.

A Celpe ainda informou que, este ano, investiu cerca de R$ 380 milhões na ampliação da rede, instalação de fiação isolada, poda de árvores, modernização e melhorias do parque elétrico.

Nesta quinta (24), o juiz da 29ª Vara Cível da Capital, Alexandre Freire Pimentel, determinou que a companhia apresente, em 10 dias, um plano de trabalho para atendimento à legislação do setor em relação à segurança da rede.

Leia a nota completa: A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) esclarece que, até o momento, não teve acesso à ação civil pública ingressada na Justiça pelo Ministério Público de Pernambuco.

Entretanto, fundamentada nas informações veiculadas pela imprensa, a concessionária reforça que a grande maioria das ocorrências envolvendo energia elétrica foi motivada por interferências externas à rede de distribuição de energia.

Todas as informações acerca dos casos registrados foram disponibilizadas pela empresa às autoridades e à Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe).

A prática de ligações clandestinas e o contato acidental de operários de obras de construção civil, que não observaram a distância mínima de segurança da fiação elétrica, estão entre as principais causas de acidentes.

Há também casos provocados por poda irregular, vazamento de corrente em poste pertencente à administração pública, colisão de veículo contra poste e tentativa de furto de condutor.

A Celpe assegura que promove manutenções regulares em todo o sistema elétrico da sua área de concessão, em conformidade com as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ao longo deste ano, estão sendo investidos no sistema elétrico recursos da ordem de R$ 380 milhões, aplicados na ampliação da rede, instalação de fiação isolada, poda de árvores, modernização e melhorias do parque elétrico.

Nos três últimos anos, o aporte financeiro da empresa no Estado foi superior a R$ 1 bilhão.

A concessionária destaca que realiza inspeções periódicas na rede de distribuição de energia e mantém a fiação elétrica dentro dos padrões de segurança estabelecidos pela legislação em vigor.

Os cabos soltos ou desnivelados em vias públicas, em geral, pertencem ao acervo das operadoras de telecomunicações.

Por força da Resolução Conjunta nº 001/1999, da Aneel/Anatel/ANP, as distribuidoras de todo o país são obrigadas a compartilhar seus postes com as empresas de telefonia, TV a cabo, transmissão de dados, entre outras.

A companhia reitera que segurança é um tema prioritário nas suas campanhas educativas e nos seus investimentos.

A concessionária mantém, em todo o Estado, ampla divulgação nos meios de comunicação advertindo para os riscos de intervenções indevidas na rede elétrica.

A empresa também promove, regularmente, ações de conscientização em comunidades, associações de bairros e escolas, orientando a população sobre o uso da energia elétrica.