Foto: Helder Tavares/divulgação Por Jamildo Melo, editor do blog O ex-ministro da Integração Nacional e agora um dos quatro vice-presidentes nacionais do PSB Fernando Bezerra Coelho reuniu hoje blogueiros de todo o Estado, em um hotel do Recife, para fazer um balanço de sua gestão à frente da pasta de Dilma.

Além de defender o projeto de transposição do São Francisco, o ministro não se furtou a falar sobre política nacional e analisou aspectos da sucessão presidencial, ao seu modo.

Segundo FBC, Eduardo Campos está credenciado para fazer mais pelo Brasil PSB discute como apressar saneamento básico no País Pré-candidatos do núcleo palaciano não são meros técnicos, acredita FBC Discurso do PSB não é anti-petista, rebate Bezerra Coelho FBC diz esperar estar no jogo sucessório de 2014 PSB está fortalecido em todo o Estado, diz FBC No evento desta terça-feira, FBC disse que o discurso do PSB não era contra ninguém e que o novo seria discutir o futuro e não o passado. “(A discussão pela imprensa) tende a polarizar, se é governo, se é oposição.

Há um reducionismo, as ideias não prosperam e não há um debate.

Nós não queremos discutir daqui para trás.

Nós queremos discutir o daqui para a frente.

E a gente acha que dá para fazer diferente, melhor e mais.

A coisa nova é isto, esta discussão”, avaliou.

Para o ex-ministro de Dilma, a polêmica com o PT estaria relacionado com a possível perda de hegemonia do PT. “O que está incomodando o PT?

Durante muitos anos, cerca de 10 anos, o PT assumiu uma hegemonia na centro esquerda.

Não é fácil, não é confortável, agora, ver um partido diferenciar-se e ganhar um discurso próprio e rivalizar pela busca desta hegemonia.

Mas quem vai arbitrar esta questão é o eleitor”, declarou. “O partido PSB cresceu, ganhou dimensão nacional e está conseguindo traduzir os anseios.

Eduardo está encarnando isto.

Não se trata de uma discussão antipetista”.

Na avaliação de FBC, a proposta alternativa do PSB tem um campo tão fértil que é possível capturar apoios à direita e à esquerda. “O partido está empolgado com as vitórias de 2010 e 2012 e com a expectativa de liderar um processo novo.

Há ruídos e contrariedades, mas é natural”, afirmou.

No bate papo com os blogueiros, o ex-ministro usou até as pesquisas de opinião mais recentes, com a evolução de Eduardo Campos, como exemplo de aceitação da via alternativa PSB/Rede. “A população está ávida para conhecer caminho alternativo.

As pesquisas Voxpopuli e Datafolha parece que mostram isto.

Eduardo Campos tinha de 4 a 7 pontos e agora já tem de 15 a 17 pontos, dependendo do cenário.

Parece que a história da polarização já está fadigada mesmo, há um esgotamento…”, frisou.

No dia 29, em São Paulo, o PSB e a Rede estarão participando de um seminário para discutir como estabelecer as pontes para a tal aliança programática.

Com sua entrevista pública nesta terça, o aliado de Eduardo Campos buscou combater já o discurso do PT, que acaba de sair do governo Eduardo Campos e ensaia ir para a oposição, na Assembleia Legislativa.

No Estado, os líderes petistas sempre que podem atacam o governador dizendo que recebe recursos federais e não dá créditos ao governo Federal, que aporta elevadas somas desde o governo Lula. “Os investimentos chegaram a Pernambuco pela qualidade da proposta de trabalho e depois pelas cobrançs para a execução.

O sucesso do governo Eduardo não se explica só pela transferência de recursos federais.

Eles foram importantes?

Foram, mas eles só não explicam nem justificam.

Eduardo elevou o patamar de investimentos do Estado em sete vezes.

Quando assumiu, era R$ 600 milhões.

Hoje, são R$ 3,5 bilhões.

Por isto, Eduardo Campos é a proposta nova, para vencer a polarização política”, declarou.