Foto: Marcello Casal Jr./divulgação O governador e pré-candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) afirmou nesta terça-feira (22) que o mecanismo de leilão de exploração das áreas do pré-sal “precisa ser aperfeiçoado” para garantir a participação de grupos empresariais interessados e desse modo haver disputa.
Nessa segunda (21), saiu o resultado final do leilão do campo de Libra, que foi disputado por apenas um consórcio. “Sem disputa, as empresas vão sempre oferecer o preço mínimo, o que não é bom para o Brasil.
O petróleo do pré-sal não pode ser vendido a preços aviltados pela falta de concorrência”, afirmou o governador, lembrando que o Campo de Libra foi leiloado pelo preço mínimo, após um processo “com pouco debate junto à sociedade”.
Eduardo avaliou que, embora seja importante a destinação dos recursos do pré-sal para saúde e educação, essas áreas não podem esperar, no longo prazo, por tal reforço. “O governo diz que no longo prazo esse dinheiro vai ajudar muito na saúde e na educação.
Mas a saúde e a educação precisam de medidas imediatas.
Não podemos sacrificar os jovens de hoje, à espera de que o dinheiro do petróleo vá resolver a vida dos jovens do futuro”, frisou.
O PSB defendeu, no Congresso, a divisão dos royalties gerados pela exploração de petróleo da camada do pré-sal.
Em evento com blogueiros no Recife, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho também comentou o leitão.
Ele disse que o PSB não poderia ser contra o leilão pois havia votado com Dilma a aprovação do regime de partilha. “O que faltou foi competição.
Ou porque o governo Federal não cuidou ou porque o ambiente econômico não ajudou.
As empresas americanas podem ter ficado de fora, melindradas, depois das denuncias de espionagem em setembro.
Assim, a crítica é não ter ensejado um ambiente de mais competição.
Que frustou, frustou.
Eram esperadas 60 empresas e tivemos só 10.
Destas, só uma apresentou proposta.
Não tivemos a presença das inglesas, por exemplo.
Nós esparmos que nos próximos leilões haja mais concorrência”, disse.